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Aliança fragmentada

Partidos prontos para receber bolsonaristas

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

A Aliança Pelo Brasil, que Jair Bolsonaro tenta viabilizar a tempo de disputar as eleições municipais deste ano, dificilmente sairá do papel em tempo hábil. Em função desse quatro, outras legendas estão batendo nos gabinetes de dissidentes do PSL, n expectativa de engrossar as fileiras para ter ais opções no pleito de novembro.

A ideia desses partidos, segundo revelações transmitidas por diferentes grupos em reportagem do Estadão, é absorver o capital político bolsonarista. Ao vislumbrar um cenário em que não existirá um partido do presidente nas urnas, Patriota, PL e Republicanos buscam filiar seguidores de Bolsonaro que pretendem abandonar o PSL.

A coordenação do Aliança já indicou que, caso não consiga obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março, deve liberar seus pré-candidatos para entrarem nos partidos que quiserem. Segundo um dirigente envolvido na criação do partido, não é do interesse dos bolsonaristas negociar um acordo com uma única sigla. A intenção é evitar um “novo PSL”, que resulte em brigas internas e dissidências. Reportagem do Estado publicada no domingo, 2, mostrou que a busca pelas 491,9 mil assinaturas para formalizar a legenda tem enfrentado ritmo lento.

“A gente tem vários pré-candidatos em várias cidades e alguns partidos têm se mobilizado para tentar atrair esses pré-candidatos caso a Aliança não saia a tempo”, diz a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), seguidora da família Bolsonaro. “Um deles é o Patriotas, o outro é o PRB (hoje Republicanos) e o PRTB também. Esses são os três que mais têm chamado as pessoas que eu conheço.”

Em Santa Catarina, o senador Jorginho Mello negociou uma migração em bloco dos bolsonaristas ao seu partido, o PL. A sigla já está recebendo aqueles que estão deixando o PSL. Eleita em meio à onda conservadora que levou Bolsonaro ao Planalto em 2018, a atual legislatura na Assembleia Legislativa catarinense conta com parcela relevante de bolsonaristas. O mesmo se repete com as cadeiras do Estado no Congresso Nacional. “Aqui (em Santa Catarina) o Bolsonaro fez 75%, o Estado é conservador”, diz Mello.

Perguntado se o acerto com os bolsonaristas inclui a possível migração deles para o Aliança Pelo Brasil, caso a legenda de Bolsonaro saia do papel, ele afirma que “depois é outro capítulo”. “Agora temos que acolher eles, porque eles não querem ficar no PSL, porque tem essas encrencas todas”, ele argumenta. “Estou acolhendo para que eles possam disputar, para ser vereador, para ser prefeito.”

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