Passe Livre promove catracaço e cria dor de cabeça para Agnelo
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emA menos de uma semana para a Copa do Mundo, o Movimento Passe Livre (MPL), no Distrito Federal, fez ato na Rodoviária de Brasília para divulgar o projeto Tarifa Zero, que prevê transporte público gratuito.A onda de protetos cresce no momento em que rodoviários acenam com greve geral para a próxima semana.
Os integrantes do movimento pularam as catracas do metrô e incentivaram quem por ali passava a fazer o mesmo. Os funcionários do metrô e a polícia não tentaram conter o “catracaço”, que durou aproximadamente dez minutos. No fundo, é mais uma dor de cabeça para o conturbado governo de Agnelo Queiroz administrar.
A questão do transporte foi o que desencadeou as manifestações em junho do ano passado. Recentemente, greves e paralisações no transporte coletivo ocorreram em cidades como São Paulo, São Luís, Fortaleza e Salvador.
Segundo a Polícia Militar do DF, cerca de 50 integrantes do movimento divulgaram o projeto, em cartazes e panfletos. A rodoviária é um dos lugares mais movimentados do centro de Brasília, de onde saem ônibus para as demais regiões administrativas do DF e cidades do entorno. É também a estação central das linhas de metrô.
“A tarifa zero é possível”, diz a integrante do MPL, Flávia Sofia Brandão. Ela explica que o movimento defende a gestão coletiva do transporte, a ser financiado por um fundo de transporte, composto por recursos dos orçamentos local e federal.
No DF, as tarifas variam de R$ 1,50 a R$ 3 para passagens de ônibus e custam R$ 3 no metrô. Estudantes têm isenção. Quem usa o transporte diariamente reclama dos preços e da má qualidade. “No final do mês, quase metade do meu salário vai para transporte”, diz a secretária Bruna Cobo, que passava pela rodoviária durante o ato.
O governo do Distrito Federal acompanhou a movimentação. Segundo o GDF, desde julho do ano passado o governo – em parceria com entidades, empresas e a Universidade de Brasília – estuda a implementação da tarifa zero, e admite ser possível, mas não para este ano. A intenção é usar recursos de impostos já cobrados. O estudo, segundo o governo, esbarra em questões técnicas, pois estima que o número de usuários triplique sem a cobrança de tarifas, e isso complica o atendimento da demanda.
Da Redação com Mariana Tokarnia, ABr