Curta nossa página


O Pavilhão é nosso

Patriotas mostram ao mundo a verdade sobre as cores da Bandeira do Brasil

Publicado

Autor/Imagem:
Arimathéia Martins - Foto Marcelo Camargo/ABr

Desinteligentes convictos e tocadores de samba com apenas duas notas, os políticos e os patriotas vinculados ao Centrão e ao bolsonarismo deram ao povo do progresso, da vanguarda e da democracia a chance de recuperar um dos mais caros símbolos dos que defendem e desejam a liberdade. Na verdade, mais do que a recuperação, consolidamos a troca entre o verdadeiro patriotismo e o chauvinismo hipócrita dos que, como cordeiros pagos com ração vencida, adoram desfilar com a bandeira dos Estados Unidos nas manifestações que produzem contra eles mesmos.

Da mesma forma que a camisa canarinho, a Bandeira do Brasil é nossa. Suas cores são o verde, o amarelo, o azul e o branco. A outra é apenas a outra. O pavilhão foi mostrado ao mundo nos protestos que os democratas realizaram em várias capitais do país nesse domingo (21). De tão impactante, o simbolismo incomodou nove entre dez oposicionistas invejosos, os quais tentaram minimizar a força do povo que é contra a soberba e a arrogância daqueles que, além do ódio solidificado, nada têm para mostrar. Por isso, morreram à míngua.

Para os bolsonaristas de plantão, cantores e atores ajudaram o público a lotar praças e avenidas do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e João Pessoa, entre outras capitais. Pode ser! E por que eles não fazem o mesmo? Faltam artistas de peso com um mínimo de coerência para atender aos apelos golpistas dos que não conseguem sobreviver sem os gritos de um mito que, falido politicamente, está mais próximo do calabouço do que da Avenida Paulista.

Como todo respeito às opiniões contrárias, o difícil é aceitar contestações ao óbvio ululante. Em lugar de desculpas esfarrapadas, assumam de vez que o pior perdedor é aquele que não aceita a derrota. O povo não quer saber se o próximo presidente é do PT, do MDB, do PSDB, do ABCD ou da PQP. A única certeza é que, pelo menos em 2026, não haverá espaço para PL, Centrão ou o cacho de asas. A população se cansou de blá blá blá.

Depois do fracasso retumbante da política do golpismo e do comando unilateral, o desejo da maioria da sociedade é eleger um presidente capaz de gerar eficiência na gestão, estabilidade econômica, direitos e deveres proporcionais, segurança jurídica e, principalmente, inclusão social. Pelo visto, o clã Bolsonaro e o bolsonarismo perderam o bonde. Sobrou para eles a carroça desembestada rumo ao abismo e, em casos específicos, à Papuda.

Portanto, embora não admitam, está escrito que o próximo morador do Palácio do Planalto não representará o atraso, o retrocesso, muito menos a vassalagem a Donald Trump ou a Benjamin Netanyahu. Se querem saber, o DNA, o CIC e o cartão do INSS provavelmente serão os mesmos do atual inquilino. Que não fiquemos somente na bandeira. Ou acertamos de vez as contas com nosso passado político ou aceitamos a sentença de morte dessa e das próximas gerações. Lembremos aos amantes do despotismo que, ao contrário do que disse Charles De Gaulle, o Brasil é um país sério. Tão sério que o povo que abomina ditadores não permitirá jamais anistia para golpistas, muito menos impunidade para deputados e senadores aliados do crime organizado.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2025 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.