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Brincando com fogo

Pentágono já admite guerra total da Europa contra a Rússia

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Antônio Albuquerque, Edição, com Sputniknews - Foto Reprodução

Os Estados Unidos não descartam a possibilidade de conflito direto com a Rússia se o pacote de financiamento suplementar que inclui ajuda à Ucrânia não for aprovado, disse nesta terça, 6, a secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.

“Se os EUA interromperem o apoio à Ucrânia, deveríamos estar atentos às repercussões. Putin (Vladimir, presidente russo) não vai parar a sua busca por poder e controle para além das fronteiras da Ucrânia, em direção aos países da Otan. Se Putin atacar um dos nossos aliados, iremos encontrar-nos em conflito direto, pois estamos comprometidos em defender todos os membros da organização”,  enfatizou Singh durante uma coletiva de imprensa.

As declarações foram feitas depois que o coordenador do NSC, John Kirby, declarar que sem o projeto de lei suplementar os Estados Unidos não poderão mais fornecer assistência de segurança à Ucrânia. Singh acrescentou que a ausência de mais ajuda dos EUA não será sentida apenas pelos soldados ucranianos, mas também poderá ser utilizada pelo presidente russo para ultrapassar as fronteiras da Ucrânia e entrar em território aliado da Otan.

“Portanto, sejamos claros. Podemos fazer a coisa responsável e pagar agora para ajudar a Ucrânia ou podemos pagar muito mais, mais tarde, para neutralizar os ganhos que damos a Vladimir Putin e encorajar a Rússia”, pontuou Singh.

O Senado divulgou um projeto de lei suplementar de segurança nacional de 118 bilhões de dólares que inclui cerca de 60 bilhões de dólares em ajuda adicional à Ucrânia, 14 bilhões de dólares em ajuda a Israel e cerca de 20 bilhões de dólares para segurança fronteiriça, entre outras prioridades.

Mas a oposição na Câmara dos EUA, incluindo o presidente Mike Johnson, já rotularam o projeto de lei do Senado como “morto” e ameaçaram que não o submeteriam a votação.

Os países ocidentais forneceram centenas de bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia desde o início da operação militar especial da Rússia em fevereiro de 2022. Inicialmente eram munições de artilharia e treinamento militar. Depois aumentaram para incluir tanques, sistemas avançados de defesa aérea, mísseis e bombas cluster.

O Kremlin tem alertado consistentemente contra as contínuas entregas de armas do Ocidente à Ucrânia, dizendo que apenas prolongam o conflito, acrescentando que o equipamento militar ocidental será eventualmente destruído. Moscou também advertiu que os países da Otan “estão brincando com fogo” ao fornecer armas a Kiev.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, enfatizou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia. Segundo ele, os EUA e a Otan estão diretamente envolvidos no conflito da Ucrânia, fornecendo armas e treinando soldados no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.

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