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Negócios paralelos

Pequim adverte Londres para tirar olhos de Taiwan

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Antônio Albuquerque, Edição - Foto Reprodução

A China está pedindo ao Reino Unido que cumpra o princípio de Uma Só China, cesse todas as formas de contato oficial com Taiwan e pare de enviar sinais falsos às forças separatistas pró-independência na ilha, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, nesta segunda-feira, 7.

O governo do Reino Unido disse no início do dia que o Ministro de Estado para Política Comercial do Reino Unido, Greg Hands, viajaria para Taiwan com uma visita oficial de dois dias. Hands está programando implantar a 25ª edição anual do UK-Taiwan Trade Talks em Taipei, reunir-se com o chefe da administração taiwanesa, Tsai Ing-wen, e assinar um Memorando de Entendimento para aumentar a colaboração em tecnologia e inovação.

“Temos afirmado repetidamente a posição fundamental da China sobre a questão de Taiwan. Existe apenas uma China no mundo, e Taiwan é parte integrante do território da China. A China se opõe fortemente a qualquer contato oficial entre Taiwan e países que mantêm relações diplomáticas com a China”, acrescentou Zhao em um briefing.

O porta-voz enfatizou que o princípio de Uma Só China é a base política para o desenvolvimento das relações bilaterais entre Pequim e Londres.

“Pedimos ao lado britânico que respeite a soberania da China, cumpra estritamente o princípio de Uma Só China, cesse todas as formas de contato oficial com Taiwan e pare de enviar sinais falsos às forças separatistas pró-independência”, observou Zhao.

A situação em torno de Taiwan se agravou depois que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto. Pequim condenou a viagem de Pelosi, que considerou um gesto de apoio ao separatismo, e lançou exercícios militares em larga escala nas proximidades da ilha. Apesar disso, vários países, incluindo a Alemanha, enviaram delegações à ilha desde então, aumentando ainda mais as tensões no Estreito de Taiwan.

Taiwan é governada independentemente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como sua província, enquanto Taiwan afirma que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a qualquer contato oficial de estados estrangeiros com Taipei e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.

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