Enfim...
Pequim e Washington entram em acordo comercial e aliviam tensão global
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A China confirmou oficialmente nesta quinta-feira (12), um acordo comercial com os EUA, resultado de uma conversa entre os presidentes Xi Jiping e Dinald Trump e negociações adicionais em Genebra e Londres.
A trégua prevê que a China se compromete a liberar, com antecedência, o fornecimento de ímãs e terras raras essenciais para tecnologia e defesa.
Os EUA permitem que estudantes chineses continuem seus estudos em universidades americanas.
Em troca, Trump incluiu nos EUA tarifas equivalentes a 55% sobre produtos chineses (somando tarifas existentes e novas), enquanto a China permaneceu com um patamar de 10%.
A confirmação do acordo provocou um clima de alívio nos mercados globais, já que reduz expectativas de escalada tarifária e pressões inflacionárias.
Embora a composição exata das tarifas—55% EUA/10% China—inclua medidas pré-existentes, o acordo dá clareza e previsibilidade ao ambiente comercial.
No entanto, ainda restam muitas questões operacionais: licenças para exportação de terras raras, controle de aplicação das tarifas, cronogramas, e mecanismos de fiscalização ainda não estão totalmente definidos .
O que isso significa?
Estabilização momentânea: Mercados tendem a reagir positivamente à redução de incerteza e ao sinal de cooperação entre as duas maiores economias.
Detalhes pendentes: Deverá haver seguimento nas conversas diplomáticas para implementação prática dos termos acordados.
Compromisso bilateral: A China reafirma que “sempre cumpre sua palavra”, e as autoridades pedem cumprimento mútuo do consenso
O acordo representa um importante passo para desanuviar a guerra comercial, com potencial para estabilizar os mercados globais — mas a efetividade dependerá agora do cumprimento das cláusulas, liberação de licenças e manutenção do diálogo.
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Dora Andrade é Editora de business de Notibras
