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Fundo Partidário

Pera aí, ministro. Outros partidos podem ter milhões, e o PSL não?

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

O PSL do presidente eleito Jair Bolsonaro acaba de ganhar um novo defensor – ao menos na teoria. Quem está engrossando as fileiras dos pselistas é Paulo Goyaz. Na noite desta segunda, 17,  ele refutou as críticas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, à perspectiva de o partido que assume o Poder em janeiro receber, no próximo ano, mais de 100 milhões de reais do Fundo Partidário.

– É a lei. A legenda teve uma votação expressiva, formando a segunda maior bancada no Congresso Nacional. É estranho o ministro fazer essa condenação agora, quando em anos anteriores, outros partidos, como PT, MDB e PSDB, encheram seus cofres e não foram alvos de críticas”, disse o advogado.

Acostumado a circular livremente nos corredores dos mais altos Poderes da República, Paulo Goyaz foi enfático: “O PSL obteve nas urnas o dinheiro ao recurso, mesmo não tendo recurso ou horário de rádio e televisão e quebrou o paradigma criado pela lei para viabilizar somente os grandes partidos”, pontuou.

As críticas de Alexandre de Moraes foram feitas horas antes, em palestra a empresários de São Paulo. O ministro cobrou “uma reforma política séria”, que acabe, segundo ele, com a ideia de que partido político é um negocio lucrativo. Para sustentar sua posição, Moraes salientou que poucas empresas no Brasil faturam 100 milhões em um exercício financeiro.

Porém, para Paulo Goyaz, não se pode comparar um partido político com uma empresa, como procurou mostrar o ministro. “O critério (para ter recursos do Fundo Partidário) é a votação da legenda. E conseguir votos não é tarefa fácil como possa parecer”, reagiu o advogado. E concluiu, categórico: “todos os partidos disputaram o pleito para obter o direito ao recurso do fundo. Portanto é devido e legítimo. E olha que o PSL nem teve tempo de televisão…”

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