Pessoas estressadas e deprimidas sofrem mais com Covid

A Covid-19 está presente em nossas vidas há quase três anos, mas os cientistas ainda estão ocupados não apenas estudando sua natureza e formas de prevenir mutações mais novas e perigosas, mas também formas confiáveis ​​de tratá-la.

De acordo com os resultados, aqueles que relataram sofrer de sofrimento psicológico antes de contrair a doença tiveram uma probabilidade 32% a 46% maior de desenvolver a doença ao longo do que aqueles que não o fizeram.

Além disso, houve um risco 50% maior entre os indivíduos que relataram níveis elevados de dois ou mais tipos de sofrimento psíquico, como depressão e ansiedade. Mais do que outros fatores de risco físicos estabelecidos, como obesidade, asma e hipertensão, o estudo descobriu uma correlação maior entre sintomas prolongados de Covid e desconforto psicológico.

Os pesquisadores descobriram que o bem-estar mental pode influenciar os sintomas físicos do vírus. No entanto, eles sublinharam que os pacientes testados experimentaram sintomas muito graves a longo prazo que se desenvolveram como resultado de sua infecção.

Existem algumas restrições sobre o novo estudo. Os níveis de estresse dos entrevistados do estudo podem ter sido maiores do que os da população em geral, devido ao fato de vários deles trabalharem como profissionais de saúde durante os primeiros meses da pandemia. Nesse caso, as descobertas do estudo podem exagerar a importância do estresse.

Em segundo lugar, como os testes não estavam prontamente acessíveis no início do estudo, os participantes relataram seus casos de Covid. A terceira crítica potencial é que alguns sintomas de longa duração se sobrepõem aos de sofrimento psicológico, dificultando a determinação de sua etiologia.

Para se concentrar em sintomas que normalmente não estão relacionados a distúrbios psicológicos, como tosse crônica, falta de ar ou dificuldade para cheirar ou saborear, os pesquisadores de Harvard isolaram os sintomas sobrepostos, como exaustão, confusão mental e problemas de memória.

Os pesquisadores afirmaram que os seguintes elementos podem ser uma ligação entre o estresse e a Covid prolongado: o estresse pode causar a ativação de substâncias químicas que alertam o corpo para produzir inflamação. Uma resposta imune diminuída provocada pelo estresse também pode tornar mais difícil para o corpo combater doenças. E alguns indivíduos deprimidos podem até produzir anticorpos que visam erroneamente suas próprias células.

De acordo com uma pesquisa de junho dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, cerca de 19% dos indivíduos dos EUA que contraíram a Covid apresentam sintomas duradouros. Os sintomas de algumas pessoas às vezes são incapacitantes. No novo estudo, no entanto, 800 participantes afirmaram que seu longo tempo com a doença os estava limitando a participar de atividades diárias normais.