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Petrobras leva banho de sal e arruda contra a corrupção

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Mesmo com os portões fechados, por determinação da direção da Petrobras, a Confraria do Garoto – grupo formado por 13 homens que sempre homenageia e critica quem merece –, do Rio de Janeiro, conseguiu fazer nesta terça-feira 13 a lavagem simbólica da porta da sede da empresa. A confraria tem como mote o número de seus integrantes e promove seus eventos sempre nos dias 13.

O xerife da confraria, fundada em 1974, Nelson Couto, disse que o ato reforça a defesa da Petrobras como patrimônio do povo brasileiro. Empunhando cartazes com frases “O petróleo é nosso” e “A Petrobras é nossa”, os confrades tentaram convencer o representante da segurança da estatal, Alberto, que não quis dizer o sobrenome, de que a intenção não era criticar ninguém. “Para isso, tem o Ministério Público, tem a Polícia Federal”, disse Couto.

Ele sustentou que a confraria, cuja tônica é o bom humor e a brincadeira constante, é neutra em relação às denúncias de corrupção na empresa.  “Nós somos neutros. Nosso negócio é água de cheiro e arruda”. Nelson Couto lembrou que foi a partir da campanha popular “O petróleo é nosso”, iniciada no final da década de 1940, que o então presidente Getulio Vargas criou a Petrobras. “Se o petróleo é nosso, a Petrobras também é nossa”, completou.

Couto espera que “algum milagre aconteça para salvar a Petrobras”. Segundo ele, o objetivo da Confraria do Garoto é “sempre abrir caminhos”. “A confraria não é uma entidade, é um estado de espírito”, disse ele, referindo-se à data que é marca do grupo. Os membros da entidade costumam desfilar pelo centro do Rio de Janeiro em todas as sextas-feiras 13. Hoje, foi uma exceção, mas Nelson Couto destacou que é o primeiro dia 13 de 2015.

De acordo com o representante da Área de Segurança da Petrobras,  a ordem de impedir a entrada não foi específica para o grupo, mas para evitar a entrada no prédio de manifestantes que promoviam manifestação em local próximo, na Rua Henrique Valadares, na Lapa. “Parece que a intenção de vocês é fazer um manifesto pacífico na porta da empresa”, disse Alberto a Nelson Couto. Embora o trato fosse amigável entre seguranças e os colegas da confraria, as grades permaneceram fechadas, vedando o acesso à escada da estatal, para a lavagem.

Como não teve acesso às escadarias, a confraria fez a lavagem e a varredura da empresa com galhos de arruda e pétalas de rosas na calçada mesmo, para “afastar os maus espíritos e o mau-olhado”. Foram distribuídos pequenos galhos de arruda aos funcionários que entravam e saíam da companhia, na hora do almoço.

Alana Gandra, ABr

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