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Pezão defende a PM do jeito que está, sem comando e violenta

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O vice-governador Luiz Fernando de Souza, o Pezão, pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado e que assumirá a cadeira do governador Sérgio Cabral assim que este renunciar ao cargo em 4 de abril, defende a Polícia Militar, mesmo com o assassinato da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva, a Cacau, de 38 anos, moradora de Madureira, arrastada por uma viatura da PM, que chocou o país.

“Os PMs se arriscam para nos proteger da bandidagem. Se tem dez ruins, há 40 mil que são bons. A política de pacificação vai continuar. Não adianta a gente ficar demonizando a PM”, tem dito Pezão nos eventos do programa Bairro Novo, na Região Metropolitana do Rio. Já em ritmo de pré-campanha.

O subtenente Adir Serrano Machado que colocou Cláudia na caçapa do camburão está envolvido em 57 registros de auto de resistência com 63 mortes. Em todos os casos ele diz que apenas se defendeu de ataques de bandidos. O outro subtenente Rodney Archanjo aparece em cinco autos de resistência com seis mortos. A PM tem policiais bons, mas, está sem comando.

Pezão é contrário à desmilitarização da PM, que está sendo cada vez mais discutida e defendida não só no Estado do Rio, como no Brasil. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, a defende. No Estado do Rio, o pré-candidato do PT, senador Lindbergh Farias, também. O PSOL, do deputado federal Chico Alencar e do estadual, Marcelo Freixo, também são favoráveis.

Chico Alencar, através de sua assessoria, manifestou-se sobre o assunto. “Crimes cometidos por civis devem ser julgados pela JUSTIÇA, e respondidos de acordo com a lei, com privação da liberdade quando for o caso, mas nunca com privação de dignidade. Crimes cometidos por agentes do Estado devem ser julgados pela Justiça, e as consequências podem ser as mesmas.

A atuação violenta das forças policiais em favelas e bairros pobres virou a regra em todos os estados do país. As políticas de (in)segurança pública – formuladas nos altos gabinetes, e não na cabeça dos policiais – se baseiam única e exclusivamente na repressão, na ação militar, na lógica da guerra, na supressão e na relativização de direitos, no controle, no preconceito, no racismo.

A morte de civis e de policiais é cotidiana. A falta de responsabilização dos crimes cometidos por agentes do Estado é rotina: falta transparência, controle externo, investigação, trabalho de perícia e julgamento independentes.

É cada vez mais urgente a necessidade de DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E DA POLÍTICA. Uma polícia que age de forma violenta e criminosa é um fator fundamental para que a sociedade como um todo se torne cada vez mais violenta e criminosa”, encerrou a nota.

 

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