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Pezão enfia pé pela mão. Garotinho veria crime; figurinha ficaria de lado

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro, advogado Wadih Damous, condenou nas redes sociais a política de segurança pública baseado  nas UPPs, adotado pelo ex-governador Sérgio Cabral e mantido pelo seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, que assumiu no último dia 4. Para Damous, as unidades reforçam a criminalização da violência.

O título do texto é O ódio aos pobres gera violência: “As UPPs têm reproduzido o modelo tradicional da segurança pública: violência contra os moradores dos bairros pobres. Por isso, não ganham corações e mentes nas favelas do Rio, pois viraram só força de ocupação. Não era com esse tipo de atitude que elas foram anunciadas, anos atrás. O problema é que a PM enxerga os moradores dessas áreas como inimigos. Odeia pobres, embora os seus efetivos sejam recrutados entre eles. A “invasão social” nunca saiu do papel. Os policiais expulsam os pobres sem moradia de latifúndios urbanos abandonados e não os protegem de seus algozes, traficantes armados. Só pode dar no que deu no Pavão-Pavãozinho”.

Com a violência correndo solta na Região Metropolitana do Rio, Pezão está mais preocupado com o roubo de milhares de figurinhas da Copa do Mundo. Ele mandou ligar para o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, para cobrar empenho na localização das figuras roubadas na última terça-feira. Será que o governador está colecionando as figurinhas da Copa?

Há dois dias, no programa da TV Globo Encontro com Fátima Bernardes, o secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou que irá lançar brevemente um romance.É bastante provável que tenha alguns beijinhos.

O deputado federal Anthony Garotinho (PR) não perdeu a oportunidade de alfinetar: “Ele deveria era escrever um livro contando como virou delegado da Polícia Federal sendo reprovado no concurso; sobre o escândalo do contrato superfaturado de aluguel de viaturas da PM; sobre a agência clandestina de grampos que montou na secretaria; sobre como burlou a legislação para ganhar acima do teto constitucional; entre outras coisas. Mas preferiu escrever um romance com mentiras sobre a pacificação”.

A esta altura do campeonato, do jeito que a violência se espalhou nas UPPs e por todos os cantos, o livro de Beltrame tem tanto valor quanto a obra lançada por Eike Batista dando a fórmula para ficar milionário. Enquanto isso, as figurinhas são coladas. E as vítimas da violência, enterradas, deixamdo as pessoas queridas, portadoras de título de eleitor, chorando.

Amanda Jansen – Diretora da Sucursal Rio

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