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Polícia deixa porta de consulado onde ativistas pedem asilo

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Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) deixaram, por volta das 17h desta segunda-feira (21), ao prédio do consulado do Uruguai, na Praia de Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde está a advogada Eloisa Samy, acusada de envolvimento em atos violentos durante protestos na cidade. Outras duas pessoas também pedem asilo.

Um jovem de 18 anos, que na época do inquérito era menor de idade e, por isso, sua identidade não foi revelada, também pediu ajuda uruguaia. Ele e a namorada estão dentro do consulado. Segundo o jornal O Globo, o menor aparece em escuta citada no inquérito comemorando após ter supostamente atingido um policial com morteiro.

Por volta de 12h, a ativista Eloisa Samy confirmou que pediu asilo político ao país a fim de se defender, em liberdade, no processo a que ela e outros 22 réus respondem no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Eloisa e outros 17 ativistas são considerados foragidos depois de terem a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18).
Os agentes da delegacia, responsável pela investigação da operação Firewall, estão com o mandado de prisão de Eloisa Samy em mãos e aguardam do lado de fora do prédio. A Polícia Militar também está no local. Ativistas protestam contra as prisões em frente ao consulado com cartazes.

O consulado do Uruguai não quis dar informações por telefone e impediu a entrada da imprensa no local às 12h25. A Embaixada do Uruguai, em Brasília, não havia se pronunciado sobre o caso até as 16h20.

Âmbito federal

De acordo com Sergio Cataldo, advogado especialista em Direito Internacional, a polícia só pode agir quando o Consulado do Uruguai no Rio ou a Embaixada do país se pronunciarem sobre o caso. Se os órgãos uruguaios entenderem que Eloisa Samy é uma criminosa comum, podem acionar a Polícia Federal, que faz a prisão da advogada. Segundo Cataldo, não há um prazo definido para os órgãos uruguaios decidirem se dão ou não asilo político à Eloisa.

“A Justiça do Rio não tem mais competência nesse caso, que agora se tornou um caso de âmbito federal. Se o consulado não der asilo, entrará em contato com a Polícia Federal”, explicou Cataldo.

 

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