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Polícia faz devassa nas vidas de Campanella e Telma Rufino, do PPL

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As vidas da deputada distrital Telma Rufino (PPL) e o ex-deputado Marco Antônio Campanella, presidente do DFTrans na gestão de Agnelo Queiroz e dirigente máximo do PPL na capital da República, estão sendo devassadas pela Polícia Civil. Os dois são suspeitos de participarem de uma quadrilha de lavagem de dinheiro.

Antes mesmo que o sol aparecesse sobre Brasília nesta quinta 30, mais de 200 promotores, delegados e agentes deflagraram a Operação Trick. São mais de 30 mandados de busca e apreensão e outros 32 de condução coercitiva (quando o suspeito é levado à delegacia para depor).

O bando é suspeito de provocar fraudes de até 100 milhões de reais. A polícia suspeita que os valores eram usados no financiamento de campanhas políticas. Informações preliminares indicam que Campanella estaria prestando depoimento na Central de Polícia Especializada. Já o advogado da deputada, Eduardo Albuquerque, afirmou que Telma desconhece o motivo da operação e negou qualquer envolvimento dela com o DFTrans.

“Ela não sabe nem do que se trata, não tem a menor ideia do que seja isso”, disse. “Nós temos que ter conhecimento do que se trata e, na delegacia, quando tivermos acesso ao inquérito nós vamos nos manifestar em público”, conforme relatado pelo G1. O advogado adiantou que Telma não deve depor nesta quinta, porque tem prerrogativa para escolher a data para dar esclarecimentos, por ser deputada.

A deputada foi surpreendida em sua residência por volta das 8h, quando tomava o café da manhã. Policiais e promotores deixaram a residência levando com um malote e duas pastas supostamente com documentos. Segundo a Polícia Civil, também foram apreendidos documentos na casa de Campanella. Nas primeiras horas da operação, a polícia também recolheu carros de luxo e relógios que teriam sido comprados com parte do dinheiro desviado.

Em Águas Claras, policias fizeram buscas em um bar onde funcionam outras duas empresas de fachada usadas no suposto esquema de corrupção, segundo a polícia. As duas empresas eram usadas na emissão de notas frias usadas para justificar gastos fraudulentos.

Os mandados são cumpridos pela Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e Fraudes (Corf) da Polícia Civil. A operação é realizada é realizada em oito regiões administrativas (Águas Claras, Vicente Pires, Samambaia, Gama, Sobradinho, Taguatinga, Riacho Fundo, Ceilândia), na Asa Norte e em três cidades do Entorno (Novo Gama, Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto).

As investigações levaram 19 meses até chegar a 54 empresas fantasmas que pegavam empréstimos com o Banco do Brasil entre os valores de R$ 800 mil a até R$ 1,4 milhão. Depois que o dinheiro entrava na conta, os suspeitos simulavam compras e recolhiam notas fiscais frias para comprovar os gastos.

N.R. – Após a edição da presente matéria, a redação de Notibras recebeu da assessoria da deputada Telma Rufino, a seguinte nota:

Nota à Imprensa:

Sobre a operação Trick deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta quinta-feira (30), e o mandado de busca e apreensão realizado na residência da Deputada Distrital Telma Rufino, viemos a público esclarecer:

1) a parlamentar desconhece o teor do inquérito;

2) o acesso a todo material necessário para a investigação foi fornecido;

3) a parlamentar se manifestará sobre a operação assim que tiver acesso ao teor da investigação;

4) em data oportuna e marcada previamente a distrital comparecerá à sede da Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e Fraudes (Corf) da Polícia Civil para se inteirar sobre os fatos e prestar possíveis esclarecimentos;

5) a deputada afirma ser a principal interessada na resolução do inquérito e se coloca à disposição para auxiliar nas investigações.

Atenciosamente,

ASCOM / Telma Rufino

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