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Polícia radicaliza, anuncia greve de 48h e Buriti suspende a negociação salarial

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Bartô Granja, Edição

Representantes da Polícia Civil decidiram realizar uma paralisação de 48 horas para pressionar o governo a conceder reajustes e equiparar os seus salários aos da Polícia Federal. O Palácio do Buriti reagiu à greve, que considera provocação e radicalização do movimento.

Em nota, o Governo de Brasília diz que “sempre esteve aberto ao diálogo”, e  que “rejeita a radicalização do movimento, justamente no dia em que Brasília recebe os Jogos Olímpicos”.

No documento, com trechos indicados a seguir, o Buriti presta esclarecimentos à categoria e à sociedade, e sustenta que não pode conceder reajuste de salário quando não há dinheiro em caixa.

Veja os ítens da nota:

1 – O processo de reivindicação da Polícia Civil nasceu da decisão do governo da então presidente Dilma Rousseff de promover reajustes entre 27% e 41% para a Polícia Federal.

2 – A radicalização do movimento é precipitada, uma vez que o reajuste da Polícia Federal ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e, nesse caso, só vigorará a partir de janeiro do ano que vem.

3 – Embora reconheça a legitimidade do pleito de isonomia com a Polícia Federal, o governo de Brasília, diante das atuais condições econômicas do País e do Distrito Federal, não possui condições financeiras de arcar com os índices e prazos encaminhados pelo governo federal ao Congresso Nacional.

4 – Após negociações com as lideranças do movimento, o governo de Brasília apresentou uma proposta de reajuste em três parcelas: 7% em outubro de 2017, 10% em outubro de 2018 e 10% em outubro de 2019. Essa proposta representava o limite extremo diante do atual quadro de crise econômica.

5 – Nas negociações com as lideranças da Polícia Civil foi estabelecido que essa proposta estaria automaticamente retirada, caso a assembleia optasse pela recusa ao diálogo e, mais grave, adotasse qualquer paralisação ou retaliação que penalizasse a sociedade.

6 – Ao mesmo tempo, o diálogo iniciado com a Polícia Civil gerou expectativas das outras corporações da segurança, que historicamente pleiteiam uma situação de equilíbrio com a PCDF.

Diante da paralisação aprovada em assembleia, o governo de Brasília reitera ser inaceitável que qualquer movimento sindical interrompa serviços essenciais à população e prejudique a comunidade do Distrito Federal. E decide:

1 – Retirar a proposta apresentada à Polícia Civil.

2 – Manter aberto o diálogo já iniciado com representantes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para garantir mais segurança à população e melhores condições de trabalho para seus profissionais.

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