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Empurrado por Lula

Povo aposta em Leandro no Buriti para DF viver em paz

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu , Edição- Foto Reprodução

Reina otimismo no Comitê Brasília da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB). E não é para menos. À medida em que, na corrida pelo Planalto, Lula avança e se distancia cada vez mais dos seus adversários, na capital da República o fenômeno também começa a dar frutos. Pesquisas internas do PV indicam que Leandro Grass, candidato lulista ao Buriti, está tecnicamente empatado em segundo lugar com outros dois candidatos – PO, do PSD e Leila Barros, do PDT.

É verdade que os três estão bem atrás de Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição, que registra 38% dentro da margem de erro do Ipec, por exemplo, contra os cerca de 15% de cada um dos seus adversários. Mas como 15 x 3 = 45, fica demonstrado que a tendência de um segundo turno na corrida pelo governo é cada vez mais provável. E Leandro Grass, que saiu atrás de todo mundo, avança a passos largos.

Para alcançar seu projeto de governar o Distrito Federal, o deputado distrital Leandro Grass faz com o que o dia tenha mais de 24 horas, para poder atender todos os compromisso de campanha. E onde chega para discutir os problema que mais afetam a sociedade, como saúde, segurança, emprego, educação e transportes, ele é envolvido por um manto de carinho, respeito e credibilidade. Até mesmo os descrentes, que ficam de longe, se animam com o que ouvem e vão se chegando para mais perto.

Isso vem acontecendo em todas os lugares por onde Leandro Grass passa. No sábado, 3, não foi diferente. Em encontro com moradores de Ceilândia, o candidato ao governo do Distrito Federal apoiado por Lula apresentou propostas sobre um dos temas mais demandados pela população local: a segurança. Ao explicar seu plano de governo, ele defendeu a criação de uma cultura de paz, com políticas públicas intersetoriais envolvendo outras áreas de atuação.

Ao ouvir reclamações sobre o alto índice de assaltos na região, Leandro destacou que são necessárias diversas ações para o combate à violência. “O DF apresenta números na média ou abaixo da média de ocorrências das grandes cidades brasileiras, e, apesar disso, a sensação de insegurança e de medo é muito grande na população, especialmente em grupos vulneráveis, como mulheres, população negra e jovens”, comentou.

O candidato afirmou que vai nomear policiais civis e militares aprovados no último concurso para aumentar o efetivo nas ruas. “Mas o patrulhamento ostensivo de policiais militares em toda a cidade, 24 horas por dia, bem como a pronta-resposta dos bombeiros, não é suficiente para reduzir essa sensação de insegurança”, explicou. “Existem outros fatores a serem considerados, devemos atuar na prevenção à violência, melhorar a iluminação, ocupar os espaços públicos com esporte, cultura e lazer, porque as pessoas têm medo de estar na rua, de ocupar as praças”.

Leandro Grass ressaltou que a cultura de paz é a essência da política de segurança de seu projeto para o DF. “Precisamos evoluir para um conceito de segurança cidadã e comunitária, o que significa estabelecer, de forma clara, transparente e continuada, diálogo da população com o governo sobre ambientes urbanos que potencializam essa sensação, como extensas fachadas cegas e áreas sem iluminação, próximo ao trajeto dos trabalhadores”, elencou.

Abordagem humanizada
Para Leandro Grass, é preciso haver um trabalho de conscientização das equipes de segurança para uma nova forma de abordagem. “A polícia deve ser firme, mas nunca truculenta com a população, e que esteja equipada, que atue com inteligência e integrada à comunidade, de forma rígida no combate ao crime organizado, enfrentando suas causas, mas indo atrás dos grandes criminosos”, justificou.

Outro problema que deve ser enfrentado, de acordo com o candidato, é a valorização dos policiais, que passa por melhorar a remuneração, mas também oferecer qualidade de vida. “Há muitos deles adoecendo, enfrentando o alcoolismo, se suicidando. O índice de suicídio nas polícias é altíssimo, porque o governo que aí está é incapaz de oferecer um programa de qualidade de vida para esses profissionais e suas famílias”, critica.

Fim das escolas militarizadas
Questionado sobre o assunto, Leandro Grass também se comprometeu a reforçar o orçamento da Educação, revitalizar as escolas e construir novas, além de realizar concursos para contratar mais professores. O candidato confirmou que vai acabar com as escolas militarizadas de forma gradual e implantar um modelo educacional baseado na liberdade e não na repressão policial ou militar, nem permitir que parâmetros ideológicos ditem o conteúdo e as práticas pedagógicas. “O nosso projeto se baseia na autonomia do professor, na liberdade de cátedra e de aprender e de ensinar”, afirmou.

O candidato defende, ainda, que o projeto educacional deve integrar conceitos de educação criativa, integrada à arte, à cultura, ao meio ambiente e à tecnologia. “As escolas militarizadas, a partir de janeiro, serão desmontadas para dar acesso à educação integral, feita em tempo integral, começando pelas regiões mais vulneráveis”, comentou. “Vamos envolver educadores, psicólogos e outros profissionais preparados para levar, não a disciplina militar, mas uma cultura de paz que forme as nossas crianças e jovens”.

Olho no olho
Para Leandro, criar um novo projeto, um novo caminho para o DF, com mais trabalho, oportunidades e renda, com mais saúde, educação e segurança para todos, é algo que não se faz só nos gabinetes, mas mantendo-se em constante diálogo com a população, assim como na eleição.

“Encontrar as pessoas, os eleitores, o contato direto que temos, muitas vezes na própria casa das pessoas, faz com que seja mais palpável compreender o que elas estão sentindo e vivendo”, disse. “Esse contato mais direto torna mais fácil entender o que elas precisam, não adianta apenas panfletar, é preciso conversar, ouvir, entender o que elas querem e precisam, e permitir que elas possam pensar, refletir a partir do que a gente propõe e do que ocorre na conversa”, concluiu.

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