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Caindo na real

Povo paga conta, mas os endividados ainda são muitos

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Nielmar de Oliveira

Dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indicam que o percentual de famílias com algum tipo de dívida fechou o primeiro mês do ano em 55,6%, o menor resultado desde os 54% registrado em junho de 2010, que foi o menor da série histórica iniciada em janeiro do mesmo ano.

Em dezembro do ano passado, este percentual era 56,6%, resultado 1 ponto percentual maior. Já em janeiro de 2016, o percentual chegava a 61,6%, neste caso, um endividamento ainda maior, de 6 pontos percentuais de diferença.

Os números fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela CNC, que atribuiu a melhora à sazonalidade do período. Apesar da redução no percentual das famílias endividadas, em janeiro o percentual dos inadimplentes – famílias sem perspectivas de pagamento de suas dívidas – aumentou em 0,6 ponto percentual de dezembro de 2016 para janeiro deste ano.

Para a economista da CNC, Marianne Hanson, a queda está relacionada ao fato de que “muitas famílias receberam o décimo terceiro salário, o que permitiu a quitação de dívidas, além da redução do crédito, associada a um menor consumo das famílias”.

Inadimplência – Os dados da CNC indicam que o percentual de famílias que tinham dívidas ou contas em atraso neste início do ano foi de 22,7%, 0,03 ponto percentual menor em relação aos 23% de dezembro de 2016. Neste caso, o menor patamar desde novembro de 2015. Na comparação anual, o índice teve queda de 1 ponto percentual.

Já o percentual de famílias que disseram que não terão como pagar as dívidas e, portanto, vão continuar inadimplentes, aumentou, passando de 8,7% em dezembro do ano passado para 9,3% em janeiro deste ano.

Em janeiro do ano passado, esse percentual era de 9%.

Também houve, segundo a CNC, um “leve” aumento na proporção de famílias que se declararam muito endividadas. Em dezembro de 2016, este percentual era de 13,8%, passando para 13,9% do total das famílias em janeiro deste ano. Na comparação anual, (janeiro 2016 e janeiro 2017), houve alta de 0,3 ponto percentual.

Prazo de atraso – A pesquisa revelou que o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas cresceu na comparação anual, passando de 64 dias em janeiro de 2016 para 65 dias em janeiro de 2017.

Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7 meses, sendo que 33% tinham dívidas por mais de um ano.

Entre as famílias endividadas, 21,2% têm mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. Para 77,3% dos endividados, o cartão de crédito permanece como o principal tipo de dívida, seguido de carnês (14,1%) e, em terceiro, por financiamento de carro (10,1%).

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