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Pior cenário em três anos

Povo saca mais do que deposita na sua poupança

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

As cadernetas de poupança registraram um saldo líquido de 1 bilhão 316 milhões em agosto. Como no mês anterior a captação foi de 1 bilhão 605 milhões, a diferença negativa girou em torno de 300 milhões. O resultado é o pior para o mês de agosto desde 2016, quando o saldo da captação líquida foi negativo em R$ 4,466 bilhões.

Com o resultado de agosto, a caderneta de poupança acumula saques líquidos de R$ 14,789 bilhões no ano de 2019. No mesmo período do ano passado, as captações (depósitos) tinham superado as retiradas em R$ 16,960 bilhões.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, as retiradas superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam os saques em R$ 17,12 bilhões. Em 2018 a captação líquida foi R$ 38,26 bilhões.

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está se tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história, em 6% ao ano. Nos últimos meses, o investimento não tinha conseguido garantir rendimentos acima da inflação, mas a aplicação voltou a atrair o interesse dos investidores porque a inflação está em queda.

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