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PP-OAA. Jato da carona de Celina Leão tem cara de quem atende a muitos amigos

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PP-OAA. Esse é o prefixo do jatinho Citation, que sempre voou em ‘céu de brigadeiro’ enquanto não se envolvia em política, mas que agora enfrenta uma verdadeira tempestade, após levar a bordo a deputada Celina Leão, presidente da Câmara Legislativa, a uma viagem oficial a Palmas, Tocantins, no último dia 11.

O último registro na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indica que o Citation já pertenceu à Usina Alto Alegre S/A Açúcar e Álcool. Os atuais proprietários, porém, se mantêm no anonimato, embora suspeite-se que seja de um empresário ligado ao setor de transportes urbanos.

A cada momento somam-se fatos novos à história rocambolesca do jato que levou Celina Leão a Palmas, com um desvio estratégico a Goiânia, capital de Goiás, onde embarcou o médico Fernando Leão, irmão da presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Méritos do jornalista Mino Pedrosa, um repórter que faz inveja a Sherlock Holmes, por sua capacidade de investigar e apontar fatos com recheios de imoralidade.

Veja trechos da reportagem assinada por Mino Pedrosa no site Quidnovi, editada na noite desta segunda-feira, 21:

a) Alguns personagens ligados ao ramo do transporte que abastece Brasília, Tocantins e alguns estados, vivem no DF com laços estreitos com a política e o governo do Distrito Federal.

b) Além de Celina Leão receber diária pela Câmara e viajar em jatinho particular ligado a empresários do setor de transporte, uma presença significativa no lazer da presidente em Tocantins chama a atenção e remete a empresas de transportes.

c) Foi ele, Themistocles Eleotério, mais conhecido com Theo, considerado irmão siamês do empresário Victor Foresti, que está à frente do grupo de transporte de Nenê Constantino, que leva à CPI do Transporte Coletivo na Câmara a reconhecer laços de familiares da presidente Celina Leão com o segmento investigado.

d) Theo hoje é auditor fiscal de transporte no DFTrans e ex-diretor geral na gestão do governo Rogério Rosso, além de representar os interesses da empresa Viação Pioneira que pertence ao grupo Constantino, dono da Transdata, empresa que faz fiscalização e arrecadação com a bilhetagem no DFTrans.

e) Theo, muito ligado a Victor Foresti, foi testemunha de reuniões no GDF em que participaram Celina Leão, o governador Rodrigo Rollemberg, Victor Foresti e o Secretário de Mobilidade, Carlos Thomé. O resultado foi o aumento de R$ 1 real na passagem e a garantia de uma nova empresa ligada ao Grupo Constantino para substituir a Transdata em todos os serviços prestados ao GDF.

f) Victor Foresti, genro de Constantino, e Theo, mantêm fortes laços de amizade com Fabrício Faleiro, marido da presidente Celina Leão. Entre 2008 e 2009 a empresa de Faleiro, Entec Engenharia e Consultoria Ltda, foi questionada pelo Tribunal de Contas do DF após uma representação do Ministério Público de Contas, que apontava o contrato da Entec com a Administração de Samambaia, causando um prejuízo aos cofres do GDF em cerca de R$ 666 mil reais.

g) Mas, o que chama hoje a atenção do Ministério Público e do Secretário de Mobilidade, Carlos Thomé, foi o empréstimo concedido pelo Banco Regional de Brasília (BRB) no valor de 30 milhões de reais para a compra de ônibus pela Viação Pioneira, pertencente ao grupo de Constantino, onde Victor Foresti se faz presente.

h) O empréstimo concebido no governo de Agnelo Queiroz agora teve o seu pagamento negado pela empresa, que alegou ter a receber do GDF. Tudo isso, explica o motivo pelo qual a presidente da Câmara recuou nas investidas do cartel que fraudou a maior licitação do transporte público no Distrito Federal.

i) Afinal, é fato, a existência de laços entre o grupo de Nenê Constantino, e familiares e amigos da presidente Celina Leão. Por enquanto o Ministério Público investiga o prefixo do jatinho para ter a certeza da ligação entre a presidente Celina e empresários do ramo de transporte público.

j) Vale a pena lembrar que a Viação Pioneira, de Nenê Constantino, é uma das empresas investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Distrital, que contou apenas uma vez com a presença da presidente Celina Leão. O assunto, porém, interessa ao seu irmão Abrão Hizin e ao Secretário Geral da Câmara, Valério Neves, e ao assessor Sandro Vieira. Os três andaram acompanhando juntos reuniões da CPI, que ensaia uma grande pizza.

Da Redação, com o Quidnovi

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