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Batendo o dragão

Preço de imóveis mantém alta e fica mais salgado no Rio

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Plínio Aguiar

O preço dos imóveis subiu apenas 0,11% em outubro, segundo o Índice FipeZap. O indicador, que acompanha o preço de venda de propriedades em 20 cidades brasileiras, completou oito meses seguidos de altas nominais, mas o aumento foi inferior à inflação. É o caso do mês de outubro, cuja inflação esperada pelo Boletim Focus do Banco Central é de 0,3%.

Individualmente, 7 dos 20 municípios pesquisados apresentam variação negativa no mês, ao passo que em quatro cidades o aumento dos preços superou a inflação esperada para o mesmo período. No acumulado entre janeiro e outubro deste ano, o índice mostra ligeiro crescimento de 0,38%, sendo que em cinco cidades houve queda nominal de preço neste período.

O presidente executivo do Zap Imóveis, Eduardo Schaeffer, percebe que o mercado imobiliário está estagnado, sem grandes melhoras. No entanto, ele acredita que, para sair do atual cenário de inércia, é preciso voltar a confiança na estabilidade de emprego, acompanhada de uma maior flexibilidade dos bancos na concessão de créditos.

Para o economista da Fipe, Bruno Oliva, o aumento não é significativo. “Os preços [dos imóveis]estão estabilizados por enquanto e isso se dá por dois motivos. Por um lado, tem a queda na demanda por imóveis, e, por outro, uma rigidez para baixo dos preços nominais.”

Em relação aos últimos 12 meses, o Índice FipeZap também mostra pouco crescimento: 0,33%. Tendo em vista que a inflação esperada para o período é de 7%, o preço médio anunciado do metro quadrado teve no período queda real de 7,03%.

Schaeffer avalia que a retomada na área de imóveis se dará a partir do segundo semestre do próximo ano.

O indicador aponta ainda que todas as cidades brasileiras que compõem os dados registraram variação inferior à inflação esperada nos últimos 12 meses, sendo que no Rio de Janeiro, Recife, Niterói, Distrito Federal e Goiânia houve queda nominal

Em outubro, o valor médio do metro quadrado anunciado nas 20 cidades foi de R$ 7.652. Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o m² mais caro do país, R$ 10.236, seguida por São Paulo, R$ 8.622. Por outro lado, as cidades com menor valor médio foram Contagem (MG), R$ 3.611, e Goiânia, R$ 4.111.

O Rio continua com o posto de cidade mais cara do País desde setembro de 2012. O bairro mais “salgado” é o Leblon, na zona sul, com média de R$ 21.727 o m². São Paulo é a segunda cidade mais valiosa, tendo o bairro Vila Nova Conceição, na zona sul, como o mais caro, custando R$ 15.798 o m².

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