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Presença americana na Ásia faz China ampliar a produção de armas

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O presidente da China, Xi Jinping, deve autorizar um grande gasto em defesa para este ano, apesar da desaceleração econômica chinesa, determinado a fortalecer a capacidade militar do país em meio ao crescente desconforto em Pequim com o renovado foco de Washington na Ásia.

Enquanto a China mantém em segredo os detalhes dos seus gastos militares, especialistas dizem que fundos adicionais irão provavelmente ser usados para fortalecer a Marinha com embarcações anti-submarinos e com o desenvolvimento de mais porta-aviões, para ir além do único hoje em operação.

O orçamento militar será anunciado no início do encontro anual do Parlamento da China em 5 de março. No ano passado, os gastos com defesa aumentaram 12,2 por cento, para 130 bilhões de dólares, ficando só atrás do Estados Unidos.

O orçamento passado deu sequência a quase duas décadas de aumentos consecutivos na casa dos dois dígitos, embora muitos analistas acreditem que os gastos militares chineses sejam na verdade bem maiores.

Os líderes chineses costumam buscar justificar a modernização militar do país ligando gastos em defesa com crescimento econômico rápido. Contudo, o crescimento de 7,4 por cento no ano passado foi o mais vagaroso em 24 anos, e uma nova desaceleração para cerca de 7 por cento é esperada para 2015.

Outros fatores manteriam agora os gastos elevados. Eles vão do “reequilíbrio” diplomático e militar norte-americano para a Ásia ao combate à corrupção no Exército de Libertação do Povo, o que causou apreensão entre os militares, segundo especialistas.

“Xi valoriza o ‘sonho de militares fortes’ como parte da sua grande estratégia para o desenvolvimento da China, talvez mais do que qualquer outro líder moderno do país”, disse Zhang Baohui, especialista de uma universidade em Hong Kong.

“Essa grande ênfase no militar é muito significante.”

Tropas ensaiam para uma grande parada em setembro onde os militares, espera-se, vão mostrar novas armas chinesas na primeira de uma série de exibições públicas, disseram fontes à Reuters.

Prioridade nas mentes dos estrategistas chineses é o reequilíbrio dos Estados Unidos, que entre outras coisas defende que 60 por cento das embarcações norte-americanas estejam na Ásia por volta de 2020, um aumento em relação aos cerca de 50 por cento.

“O ajuste na estratégia norte-americana trouxe pressões externas enormes”, afirmou um recente comentário do jornal publicado pela Escola do Partido Central.

A China está envolvida em disputas sobre fronteiras marítimas com Japão, Filipinas e Vietnã, que têm buscado fortalecer as relações com Washington.

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