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Mosca-branca

Produção de feijão é suspensa para evitar pragas nas plantações

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Maryna Lacerda

A partir de quarta-feira (20), produtores rurais do Distrito Federal devem eliminar todas as plantas vivas de feijão. O vazio sanitário da leguminosa tem o objetivo de prevenir a incidência da mosca-branca, vetor do vírus causador do mosaico dourado. A doença causa amarelecimento e deformação das folhas e dano aos grãos.

O impedimento do plantio dura um mês — até 20 de outubro. Esse período é suficiente para a quebra do ciclo reprodutivo da mosca-branca (nome científico Bemisia tabaci), que tem pico populacional em época de altas temperaturas e baixa umidade. Assim, o vírus Bean gold mosaic virus (BGMV) não é transmitido e não se alimenta da planta.

Equipes da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural vão percorrer cerca de 3 mil hectares, em 40 propriedades com o cultivo de feijão, a partir do dia 20.

Se comprovado o descumprimento da medida, o agricultor está sujeito à multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil e à obrigatoriedade de eliminar todos os pés da planta. A punição está prevista na Lei nº 4.885, de 11 de julho de 2012.

A erradicação temporária pode ocorrer de forma química, por meio da aplicação de herbicidas, ou mecânica, com o uso de maquinário para remexer o solo.

A região leste de Brasília é a que concentra o cultivo de feijão irrigado por pivô central. As áreas produtivas ficam nos núcleos rurais de Planaltina, do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), do Rio Preto e de Tabatinga.

Em 2016, apenas quatro propriedades foram autuadas. “É fundamental a adesão de todos, para evitarmos a proliferação do mosaico dourado. O vírus causa grandes perdas em produtividade à lavoura”, explica a gerente de Sanidade Vegetal, da Secretaria da Agricultura, Marília Angarten.

O período é de impedimento também para a soja, como forma de evitar a proliferação da ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O mal é a principal causa de perdas na lavoura, uma vez que leva ao amarelecimento precoce de folhas e caule e prejudica o enchimento dos grãos.

Em caso de suspeita de descumprimento do vazio sanitário, deve-se alertar a pasta da Agricultura. Denúncias podem ser feitas pelo telefone (61) 3051-6422 ou por meio do endereço eletrônico gsv.defesa.seagri@gmail.com.

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