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Professores analisam provas do Enem que teve Pequeno Príncipe

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Professores de cursos pré-vestibulares consideraram as provas do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio bem distribuídas, bem contextualizadas e com enunciados menos curtos do que em edições passadas, segundo avaliação feita ao G1.

Os professores Rodrigo Magalhães (geografia) e Vinicius Silveira (física), do Curso de A a Z, no Rio, e Lula Couto (história), Fernando Beltrão (biologia) e Gilton Lyra (química), do Projeto Educação da Globo Nordeste, no Recife, que comentaram as questões.

No primeiro dia de prova os candidatos tiveram questões com o livro “O Pequeno Príncipe”, tirinha do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, e parte da obra “Escola de Atenas”, do artista Rafael Sanzio (1483 – 1520).

Magalhães, do Rio, elogiou a objetividade das questões. “Tivemos prova com questões mais diretas e mais simples, com textos menores. É aquela prova em que você não é cobrado pela quantidade de informações.”

O professor de química Gilton Lyra, do Projeto Educação, classificou a prova da disciplina neste sábado um “misto de Enem e Fuvest”, citando o vestibular da Universidade de São Paulo (USP). “Foi uma evolução para o modelo da Fuvest, um misto de Enem com Fuvest. Foi melhor que o ano passado, teve temas transversais com física e biologia, mas exigiu do aluno debruçar um pouquinho melhor sobre a matéria. Isso é ótimo, priveligiando o aluno”, comentou ele.

Para Lula Couto, também do Projeto Educação, a prova de história foi bem distribuída, com questões bem contextualizadas. “O aluno que se preparou para romper com o padrão da decoreba se saiu bem”, disse. Para ele, fizeram falta questões sobre o Brasil Colônia.

Em geografia, um assunto esperado e que caiu na prova foi o sistema político brasileiro, segundo o professor Rodrigo Magalhães. “É uma temática interessante porque vivemos manifestações ano passado, eleições esse ano, era uma temática esperada”. Sobre a questão da Pangeia, ele disse que os mapas ajudaram os alunos na resposta. “Tivemos algumas questões de geografia física na prova, o que geralmente são aquelas questões que o aluno fica mais na dúvida. Foi uma questão simples, porque ela te dá alguns mapas e umas figuras que orientam na questão”, comenta o professor.

Já em história, o professor Lula Couto destacou a questão sobre a Comissão Nacional da Verdade. Para ele, ela foi uma questão muito “feliz”, já que em 2014 se completam 50 anos da ditadura militar e são exploradas as políticas que visam reparar o dano ao povo brasileiro. A resposta correta é: “Esclarecer as circunstâncias de violação aos direitos humanos”.

Ele também relacionou essa questão com a que falou sobre a má distribuição da produção do campo. Lula Couto diz que as duas questões estão relacionadas, porque essa trouxe a letra da canção “Sina de caboclo”, de João do Vale, composta justamente na década de 1960. “Era um ambiente de tensão que havia na transição do governo Jânio Quadros pro presidente João Goulart. É nos anos 1960 que a gente vê esses movimentos se expandirem”, explicou ele.

Para o professor de física Vinicius Silveira, do curso de A a Z, a prova estava com várias questões contextualizadas, o que é o esperado. Também caíram os assuntos mais aguardados, como um maior número de questões de mecânica e a parte de termologia mais dividida. Para ele, uma surpresa foi a questão do filtro que o fotógrafo deveria usar, que exigiu um raciocínio maior do aluno.

O professor de biologia Fernando Beltrão, do Projeto Educação, considerou a prova “boa e dentro do esperado, com questões, fáceis, medianas e difíceis”. Ele citou algumas questões que foram “um presente” aos candidatos, porque eram simples de resolver. “Uma questão bem tranquila foi a das células-tronco, do cordão umbilical. Essa foi um presente. A da vacina, que falava do cavalo e da mulher, tinha uma pegadinha, mas era simples. Caiu uma de tipo sanguíneo, que era esperada, toda prova deve ter”, disse ele.

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