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Public health management. Será que Fábio Gondim, da Saúde, entende isso?

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A falta de gestão na saúde pública do Distrito Federal é um câncer. E como tal, a doença se alastra por todo o corpo se não tratar. Essa é a “patologia” que vem acometendo os hospitais da capital da República. Diretorias de vários hospitais públicos receberam nos últimos dias documentos oficiais de servidores se negando a estender seu horário, já que o governo não vem pagando horas extras.

Ao menos 40 leitos serão fechados ou bloqueados por falta de funcionários. Notibras teve acesso apenas a alguns documentos – do Hospital de Base e do Guará. Mas há indicativos de que outras unidades também passam pelo mesmo problema.

Se você acha que a situação do Hospital de Base é caótica, aguarde, pode piorar. Por conta da falta de pagamento de horas extras, os servidores daquela Unidade decidiram que não vão trabalhar além do seu horário normal. Em consequência, a expectativa é a de que ao menos 34 leitos sejam bloqueados no hospital.

No HDB, as cirurgias eletivas serão paralisadas. Leitos em várias modalidades serão bloqueados – UTI Cirúrgica (10), UTI Pediátrica (4), Neuro (10), além de outras especialidades. Uma das situações mais graves é o fechamento de seis salas do Centro Cirúrgico.

No Guará, os servidores dizem que não farão mais horas extras, até que o governo pague o que deve. O recado já foi encaminhado oficialmente à diretoria do hospital, que nada pode fazer.

“Diante do déficit de carga horária contratual agravado pela redução de carga horária dos técnicos de enfermagem de 24h para 20h, o Centro de Emergência não terá recursos humanos suficientes para a manutenção da Sala Amarela; sendo assim, foram bloqueados 2 leitos a partir desta data”, diz documento enviado à Diretoria Regional de Saúde do Guará subscrito por servidores do Samu.

O câncer deve atingir as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Nesta terça-feira, 1º, o deputado distrital Ricardo Vale (PT) precisou ir até Sobradinho para tentar impedir o fechamento da UPA da região. “A informação que temos é que o governo está reunido neste momento (ontem à tarde) avaliando a situação das UPAS, mas não descartaram a possibilidade de fechamento de algumas, inclusive a de Sobradinho”, escreveu em seu perfil no Facebook.

O secretário de Saúde Fábio Gondim veio do Maranhão com imagem de bom administrado. Algo do tipo de fama de gestor de crises. Mas o tumor está crescendo. E ele nada faz para tentar conter o mal provocado pela ausência de capacidade na administração da saúde pública. Tanto é, que os primeiros efeitos colaterais da quimioterapia aplicada por ele em seus primeiros dias de trabalho parecem não trazer alívio para a população.

Elton Santos, Repórter Especial

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