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Ambiente

Quarto grande ou apenas uma mera expansão até a sala?

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Ana Paula Boni

Os quartos da Casa Cor não cabem em si de tanta descontração. Se estendem pelo chão, avançam para sala, banheiro e cozinha, transformando tudo numa coisa só. Apostam na integração dos espaços como modo de vida, prezando a amplitude dos espaços e diluindo a presença do mobiliário.

No projeto do arquiteto Gustavo Neves, do estúdio G Neves, o quarto de hotel (Suíte Black) coloca a cama de frente para a cozinha, por exemplo. Apesar de pensado para funcionar como cômodo de hotel, com 55 m² de área, ele pode ser facilmente adaptado.

A escrivaninha ao lado da cama poderia bem ser substituída por um sofá. “Eu morei por um bom tempo num estúdio de 30 m² e sei que é perfeitamente possível viver assim, com cozinha conjugada. Só não valem excessos, de nenhum tipo. Nem de armários, nem de produção”.

Para montar o quarto, Gustavo descascou as paredes do edifício-sede e achou o cinza original delas, que combinou com o piso de limestone (pedra) pintado de cinza e lixado. Quebrando a sobriedade, uma poltrona dos irmãos Campana completa a produção.

No Loft Urbano, do estúdio carioca InTown, o espaço atinge 95 m², mas a essência da integração e do enxugamento de excessos se mantém. Ali, o sofá sai da “sala” e vai para o quarto, a TV toma conta do espelho do banheiro, em frente à banheira. “O quarto vira sala, a sala de estar vira sala de jantar. A tendência é agregar. Num loft, a pessoa passa mais tempo no quarto que em outro ambiente”, diz o arquiteto Alexandre Gadeon, sócio do escritório, ao lado de Hugo Schwartz.

Segundo Alexandre, também não adianta atulhar o espaço. “Gostamos de espaços vazios. Não adianta pegar 95 m² e encher de coisa que vai parecer que tem 40 m.” Assim como o grafite do artista Tinho, a tecnologia se faz presente: luz, áudio e vídeo podem ser controlados pelo tablet ou celular.

Já no quarto de casa de praia proposto por Marina Linhares, são as pias que deixam o banheiro. Pensando numa casa pequena, com um só quarto, ganha-se amplidão com a “invasão” do banheiro no quarto. Ali, o clima praieiro predomina nos tons de azul, branco e madeira do mobiliário e dos objetos.

“Costumo sempre ouvir o cliente, mas claro que tons claros e neutros, com mensagem de descanso, sempre me agradaram”, diz Marina. Para arrematar e imprimir uma atmosfera tranquila ao espaço, ela escolheu uma obra de Marcelo Moscheta para a parede da cama, além de um desenho de Lina Bo Bardi.

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