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Velhas memórias

Quem não tem baú? Todos temos um, esta é a verdade

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Cássia Marina Moreira

Penso que, assim que nascemos, recebemos um de presente do universo; onde iremos começar a guardar todas as lembranças de nossa passagem por esta vida. Mesmo sem nos dar conta, tudo vai para o baú, e nele fica guardadinho.

Crescemos e o baú cresce junto conosco, nossas memórias aumentam na medida em que vamos vivendo cada situação. As novidades sempre se sobreporão às vivências anteriores, todavia, esta é a “arca da aliança” com o nosso passado e é ela que nos garante reviver períodos dele.

O baú pode estar escondido, longe dos olhos de todos e dos nossos próprios, por algum motivo. Talvez porque alguns doem muito ou só porque o tempo passou e a poeira foi assentando em cima, e se alojando tanto que criou uma crosta, a ponto de escondê-lo.

No entanto, isso não quer dizer que ele deixou de existir. Um baú de lembranças não se perde – não se pode perder, pode ir parar no fundo de um porão, mas isso não acaba com ele.

Somos a somatória de todas as vivências que tivemos por todos os anos de vida, fechar o baú com ossos mais duros de roer, é só uma opção, e querer dar um sumiço nele por uns tempos? Tudo bem, cada um com seu baú!

Quer deixar o passado no passado e mais nada? Deixe-o por lá! Só que isso não apaga nada. O baú estará lá ainda com tudo dentro, e poderá ser recuperado a qualquer momento. É só querer.

Por outro lado, há quem não larga do baú. Quase vive lá dentro do seu bauzinho; não consegue deixar a vida andar. Arrasta o baú aonde vai. Tudo fica na regência daquelas regrinhas que estão escritas e trancadas na arca. E nada pode ser diferente daquilo que a tal regra dita.

Então… aqui dá para perceber que existem baús e baús… Para que o utilizamos é que são elas… Estas arcas podem ser de grande valia e estarem para sempre em nossas vidas; pois bem – podem guardar bons e felizes momentos, como podem ser as donas de muitas noites de assombro e terror.

Dessa forma, nos deixam em estado de alerta, com medo de que a qualquer momento o baú de horrores simplesmente vá se abrir e dele acabe saindo fantasmas que aprisionamos por lá.

Escrever sobre este tema aconteceu por conta de uma foto de muitos anos atrás, tirada de meu baú particular e que foi um “sucesso absoluto”, há alguns dias, mexendo com a memória emocional e afetiva de muita gente que fez parte do mesmo colégio e época em que a fotografia foi tirada.

Mesmo não sendo exatamente da mesma turminha, quem viveu naquela época ou quem esteve na mesma situação, quase com as mesmas roupagens que atravessaram gerações, com certeza se lembrou e, por esta razão, me fez escrever este novo texto sobre nossas lembranças de infância e a importância delas para nós.

O certo é que com o texto “Abrindo o baú”, muitos foram procurar o seu próprio baú e encontrar uma forma para abri-lo e, quem sabe, postar alguma foto dos anos que passamos juntos pelo Colégio Santa Escolástica, em Sorocaba.

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