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Brasil de luto por gaúchos

Recado da natureza para quem mela e estimula o caos com leite e rato

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Autor/Imagem:
Sonja Tavares - Gilberto Alves/ABr

Mais do que uma daquelas tragédias humanas que a gente jamais esquece, os temporais do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina e Paraná são um duro recado da natureza aos “patriotas” Eduardo Leite, Jorginho e Ratinho Junior. Além dos três governadores, hoje loucos pelos recursos federais comandados pelos “comunistas”, o recado também deve ser recebido pelos negacionistas do clima. Esses são representados no Brasil e no mundo por aqueles que não acreditam no aquecimento global como uma decorrência da intervenção do homem.

Também podem ser chamados assim os indivíduos que creem no aumento da temperatura, mas não admitem ouvir ou ler que tal fenômeno seja obra humana. Nada de anormal para quem nunca acreditou que a Covid-19 fosse mais do que uma gripezinha, que as joias das arábias realmente foram um presente pessoal, que o golpe frustrado é uma invenção dos “comunas” e que o líder da turma que adora ser escravizada tinha boas ideias à frente do governo federal.

Lamentável é que pensamentos imbecilizados como os dos citados governadores geram a morte e o desabrigo de milhares de conterrâneos, a maioria certamente despreocupada em saber se o governo que os está ajudando é de direita ou de esquerda. Já são 75 mortes e mais de 20 mil pessoas desabrigadas somente no Rio Grande do Sul. Mesmo diante da calamitosa desdita, os patronos da desgraça alheia continuam, desafortunadamente, pensando e trabalhando pela polarização do voto.

Ou seja, no entender desse grupelho a morte não é desculpa para deixar de votar contra o presidente que, não importa o que tenha feito no passado, hoje está servindo como salvador da pátria de hereges. Para eles, os avisos da natureza são parte do projeto de ficção da mente doentia do brasileiro real. Cagando para a aflição do semelhante e esquecidos de que a natureza responde ao que o homem faz, os estimuladores do caos morrem sem acreditar nas vacinas pedagógicas, nos investimentos do governo anterior em garimpos ilegais e na transmissão de doenças letais para os índios.

Catástrofes climáticas, nevascas e a seca ou calor extremo são só para inglês ver. Nada disso existe no Brasil. Pior é fazerem pouco caso da defesa do meio ambiente e da sustentabilidade do planeta. O desaparecimento do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de qualquer outra localidade onde haja diferentes é apenas um mero detalhe. Tanto isso é verdade que, mesmo não dispondo de dados comprobatórios, posso quase afirmar que são esses que menos têm ajudado os desabrigados.

É sempre assim. Primeiro, segundo e terceiro eles. Tapam ouvidos e olhos, ignoram os apelos dos cientistas, ligam a vida no modo se lasquem todos e partem para o que mais gostam de fazer: materializar a intolerância à pluralidade, o ódio aos bons, a divisão e o fortalecimento de uma seita político-religiosa que, até hoje, só trouxe malefícios para o país. Tudo bem que sejam assim. No entanto, se querem morrer, que morram sozinhos. A maior parte do Brasil, incluindo o povo do Sul, e os animais irracionais sem rabo querem viver. Eu também.

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