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Reconhecimento facial para evitar fraude no RioCard já está sendo testado no Rio

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Os validadores do Bilhete Único intermunicipal e das gratuidades vão ganhar, em breve, a companhia de uma câmera. O equipamento vai fotografar as medidas do rosto do usuário do cartão para comparar com as fotos que constam nos bancos de dados do RioCard e do Detran. A ideia é evitar que uma pessoa utilize o benefício no lugar da outra e, principalmente, combater as fraudes.

A novidade começou a ser testada no fim de 2015 em 20 ônibus da Viação Pendotiba, em Niterói. Os primeiros testes constataram que 23% dos casos analisados — quase um a cada quatro cartões — foram de pessoas que usavam o RioCard de outro passageiro. Dados divulgados na revista Ônibus, da Fetranspor, mostram que, de janeiro a setembro de 2015, 15% dos cartões de gratuidades para idosos e deficientes registraram mais de seis utilizações diárias, o que seria indício de uso irregular.

Pelo novo sistema, o passageiro que estiver fazendo uso indevido do cartão não será impedido de seguir viagem, mas depois será chamado a prestar esclarecimentos. As punições serão definidas após regulamentação da lei estadual que, desde dezembro, autoriza o uso da tecnologia.

A Secretaria estadual de Transportes informou apenas que o processo já está em fase final, mas não citou prazo. Mesmo assim, o presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, está confiante de que, até o fim de julho, o sistema já estará implantado nos ônibus da capital e da Região Metropolitana.

— Estamos trabalhando para a maioria da frota estar equipada até as Olimpíadas. O restante das cidades vem naturalmente. Daremos uma boa contribuição para a manutenção dos benefícios sociais com com a redução das fraudes — afirma Lélis, acrescentando que o novo sistema será integralmente bancado pelas empresas de ônibus, que estão investindo cerca de R$ 20 milhões.

Sem recadastramento

Para a implementação do sistema, não será preciso recadastramento. Para quem usa gratuidade, serão utilizadas fotografias já existentes no sistema. No caso dos demais usuários do BU, a ideia é usar o banco de dados do Detran.

Segundo o diretor-executivo do RioCard TI, Carlos Silveira, a principal vantagem do sistema é a rapidez com que é detectada a utilização indevida do cartão, além da emissão de um laudo comprobatório. O sistema de reconhecimento facial é considerado seguro porque, segundo Silveira, leva em conta medidas faciais que não mudam com o tempo. O “mapa” do rosto seria único, como uma impressão digital.

Ações da Secretaria de Transportes, com apoio das polícias Civil e Militar, para investigar desvios de uso dos cartões levaram à apreensão de 700 bilhetes em 2015.

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