Curta nossa página


Amor explosivo

Refrega entre Trump e Musk deixa a direita à beira de ataque de nervo

Publicado

Autor/Imagem:
Arimathéia Martins - Foto de Arquivo

Muito comum nas repetitivas músicas dos “astros” do sertanejo nativo, o fim de um amor significa um misto de vazio e de paz. Na prática, o sentimento que gerou dor e delícias deixa de existir quando os impérios são ameaçados. Normalmente, o luto afetivo deixa marcas no coração, na alma e, às vezes, na conta bancária. Será o caso de Donald Trump e de Elon Musk? O amor que parecia eterno, acabou. Quem terminou? O que terá acontecido? Diminuiu a comunicação, mudaram de comportamento, passaram a ter prioridades diferentes ou faltou respeito e consideração de um para com o outro? Sei lá!

O que sei é que o xodó mútuo virou um carro Tesla sem motor. Talvez um cassino sem roletas ou uma partida de pôquer sem o Ás de ouro. O amor virou poeira no deserto do Arizona antes mesmo que o coiote Eduardo Bolsonaro conseguisse cassar o visto de Alexandre de Moraes, xerife estrelado do condado supremo dos que se apegam ao poder. Também sei que é crime fazer piada sobre corações esfacelados. No entanto, com todas as vênias, não posso deixar de fantasiar a respeito de uma história que o mundo imaginou muito além da SpaceX, do X e do Trump Media & Technology Group.

Claramente, a refrega de riquinhos virou guerra a céu aberto. Que bom que, pelo menos temporariamente, Xandão deixou de ser a bola da vez. Espero que a postura beligerante de ambos não passe de um bate-boca de comadres insensíveis, mal-amadas e que só tricotavam juntas porque adoram sacanear Deus, o mundo e todos os que lutam pela democracia. Na verdade, torço para que eles continuem brigando, sem a necessidade extrema de se engalfinharem nos jardins da Casa Branca ou de serem incluídos na lamentável lista de algoz e vítima de mortes pós-rompimento afetivo.

Aliás, na possibilidade de radicalismo fora da curva entre os meninos de Tio Sam, como denominaremos o desfecho? Seria um trumpicídio ou um muskcídio? Vixe! Tomara que repensem enquanto há tempo. Puxando um pouquinho pela memória, lembro de ter escrito a respeito da longevidade de um relacionamento tão abstrato como deve ser a vida de Trump e de Musk. Nunca apostei nessa relação, da mesma forma que não aposto um merréis em uma união política estável da direita brasileira para derrubar Luiz Inácio. Estou pagando para ver.

Não tenho informações concretas a respeito, mas, como Eduardo Bolsonaro não vingou, algo me diz que tem tudo a ver com a repentina fuga de Carla Zambelli para a Itália, com escala casual nos Estados Unidos. Há pouco mais de uma semana, o mundo foi informado que Donald Trump entregou publicamente as chaves da Casa Branca a Elon Musk. Por que tomou de repente? Seria a necessidade de pessoas mais guerreiras e desordeiras no espaço republicano? É claro que não. A verdadeira causa é simples: como os dois têm o ego inflado e topam tudo por dinheiro, a reconciliação só virá se um deixar o outro ganhar duas ou três apostas na Bet Nacional ou no Brasileirão Betano.

Pelo sim, pelo não, o período coincide com a data em que Zambelli se escafedeu. Ilações à parte, o fato é que unhadas e tesouradas entre o homem mais poderoso e o mais rico do mundo nunca acabam de forma satisfatória. Um diz que o outro é louco. Na réplica, o outro jura que um está envolvido em escândalo sexual e que ele não seria eleito sem sua ajuda. Não sei quem é quem, tampouco quem jogou água fora da bacia. Entretanto, sabemos que todo começo tem um fim. Não tenho bola de cristal, mas, após uma festa deslumbrante, a verdade sempre vem à tona. Alguém ainda vai chorar lágrimas de crocodilo. Aguardemos. Enquanto isso, a direita brasileira e Eduardo Bolsonaro estão à beira de um ataque de nervos.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2025 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.