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Renato Russo, ano 55. Aos 56 vai estar no M.I.S de São Paulo

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Se vivo fosse, Renato Russo estaria comemorando 55 anos. O aniversário do seu nascimento transcorreu na sexta-feira 27. As homenagens a um dos maiores nomes do rock brasileiro foram muitas. Uma novidade, porém, está por vir. Em 2016, no mais tardar em 2017, o Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, abrirá uma mostra permanente sobre o astro.

Fãs de ontem e de hoje lembram que ao lado da banda Legião Urbana, Renato Russo comandou o poderoso movimento do rock nacional dos anos 1980, junto com grupos como Ultraje a Rigor, Titãs e Paralamas do Sucesso.  Desde pequeno, Renato queria ter uma banda de rock e ao longo do seu trabalho conseguiu mais do que isso: virou um grande ídolo da música brasileira, arrastando multidões por onde passava.

Renato Manfredini Junior era um poeta triste e atormentado, mas também um roqueiro brincalhão. Falava aquilo que vinha na cabeça, virando um ícone da rebeldia juvenil. Renato tinha a capacidade de fazer refletir. Apesar de ter protestado contra tudo que achava de errado, suas músicas não se tratavam apenas de revolta.

Em seu repertório, também estavam canções de amor como Eduardo e Mônica, um de seus grandes sucessos, que mostrava a relação de duas pessoas muito diferentes. A música era cantada de forma linear e com versos muito bem humorados.

Desde novo, o cantor fez o que bem entendia sem seguir padrões: assumiu a rebeldia, a raiva, as drogas, a homossexualidade e, aos 36 anos, morreu em consequência da AIDS. Durante toda carreira, os fãs os seguiram como um exército, uma legião de fãs. Na memória, fica um cara pra frente, um rebelde com causas. Que desafiou costumes e marcou toda uma geração.

Para manter viva a alma de Renato nos fãs,  pesquisadores começam a catalogar o acervo na casa do artista, no Rio. Uma equipe do Museu de Imagem e  Som esteve na capital fluminense para identificar objetos, letras de músicas e tudo que possa interessar ao público relacionado à vida e à obra do cantor Renato Russo.

– Agora a gente está fazendo um reconhecimento prévio do Acervo do Renato Russo. Estamos identificando documentos, fotografias, objetos, indumentária… a partir daí, vamos iniciar um trabalho de organização, pesquisa e conservação desse material, disse a supervisora do centro de memória e informação do MIS, Patricia Lira.

Desde a morte de Renato, em 1996, seu apartamento continua intacto na zona sul do Rio de Janeiro. Localizado no segundo andar de um prédio em Ipanema, o imóvel abriga um verdadeiro tesouro para os fãs do cantor, como fotos pessoais, desenhos feitos por ele, roupas usadas em shows e muitas letras de música – algumas, inclusive, feitas à mão e ainda inéditas.

Com inauguração prevista para até 2017, o público terá que esperar para embarcar nessa viagem pela vida profissional e pessoal do cantor.

– Deu pra perceber que o Renato produzia muita coisa, era alguém que pensava muito e nesse processo de pensamento, criação, saíram diversos documentos. É um material muito variado, muito rico, que vai gerar uma ótima exposição, garante Patricia.

Thayssa Fortuna

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