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A quadrilha

Réu em duas de 9 ações, Lula fica mais perto das algemas

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Cláudio Coletti

A situação do ex-presidente Lula se complica a cada dia. As lambanças em que ele está envolvido são tantas que a expectativa nos meios políticos é que, a qualquer momento, poderá surgir uma decisão de juiz – não necessariamente Sérgio Moro – mandando prendê-lo.

Lula é alvo de nove investigações criminais, em duas delas já virou réu. A última decisão contra ele é do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

O ministro decidiu fatiar o maior inquérito relativo as roubalheiras milionárias ocorridas na Petrobras. Agora serão quatro investigações separadas, sendo que numa delas estão envolvidos 12 políticos do PT, entre eles Lula.

Para o procurador-geral Rodrigo Janot, essas pessoas usaram o partido “para perpetuar práticas espúrias”. O ex-presidente é acusado também pelos procuradores em Curitiba, de ser “o verdadeiro chefe da quadrilha que dilapidou a Petrobras”.

No Distrito Federal, a PGR abriu um procedimento investigatório para apurar se Lula praticou tráfico de influência internacional em favor da Construtora Odebrecht, em obras com financiamentos do BNDES em Cuba, Venezuela, Republica Dominicana, e em países da África.

Na segunda-feira, os procuradores denunciaram Lula e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção em obras em Angola. De acordo com a acusação, o ex-presidente recebeu propina da construtora Odebrecht a partir de obras feitas no país africano, com financiamento do BNDES.

Ainda são denunciadas outras onze pessoas, e entre elas está o sobrinho da primeira mulher de Lula, Taiguara Rodrigues, cuja empresa, Energia Brasil, recebeu R$ 20 milhões da Odebrecht, mas, segundo as investigações, nenhum serviço foi prestado. Foi pura propina.

Lula está sendo acusado, neste caso, de participar de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e corrupção passiva.

Em duas outras operações, a Polícia Federal e o Ministério Público investigam as compras do tríplex no Guarujá, no litoral Paulista, e do sítio em Atibaia.

A desconfiança é que esses dois patrimônios foram doados a Lula, como propina, pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. Em troca, elas tiveram preferências em obras da Petrobras.

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