Passo atrás, dois à frente
Rever decisões não é derrota; é saber que perfeição inexiste
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Já falei por aqui que é perfeitamente normal e até necessário, recalcular a rota em alguns momentos da vida. Rever planos, reorganizar a rotina, mudar o que precisa ser alterado. Isso não é sinal de fraqueza, muito pelo contrário: é sinal de maturidade, de quem entende que viver é também se adaptar.
Mas hoje quero falar sobre o arrependimento. Sim, porque além de mudar de rumo, existe a possibilidade de voltar atrás. E está tudo bem com isso. Às vezes tomamos uma decisão convictos de que é o melhor, e depois percebemos que não era bem assim. Outras vezes, seguimos um caminho apenas para descobrir que ele não nos faz felizes. E aí, por que insistir?
Arrependimento não precisa ser um peso. Ele pode ser aprendizado. Voltar atrás, reconhecer que algo não deu certo, que não era o que imaginávamos, faz parte da vida. A gente não acerta sempre e nem deveria se cobrar por isso. O importante é compreender que cada escolha, mesmo a que não deu certo, nos ensina algo sobre quem somos, sobre o que queremos e, principalmente, sobre o que não queremos.
Então, recalcular a rota é necessário. Mas voltar atrás, quando for preciso, também é. Faz parte da vida, do aprendizado, da coragem de admitir que não precisamos ser perfeitos, só verdadeiros com nós mesmos.