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Riachinho e o tempo que anda devagar como a nostalgia

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@donairene13 - Foto Acervo Pessoal

Vim visitar uma amiga que mora no interior de Minas Gerais, na simpática cidade de Riachinho. Mal cheguei e já senti aquele ar diferente, como se o tempo por aqui tivesse um ritmo próprio, mais leve, mais humano. São pouco mais de seis mil habitantes, uma praça no centro, uma rua principal onde se alinham a igreja, o Banco do Brasil e a casa lotérica, quase como se nada além disso fosse realmente necessário para a vida acontecer.

Eu gosto desse clima das cidades pequenas. Gosto de andar sem pressa, de ver as portas das casas abertas e as pessoas sentadas na calçada, conversando, como se o mundo não tivesse tanta urgência assim. Gosto dos “bom-dia” que ecoam nas esquinas, das perguntas curiosas sobre quem é meu pai ou minha mãe, dessa rede invisível que liga todo mundo e que me faz sentir parte de alguma história antiga, mesmo sendo visitante.

Estar aqui é mergulhar nesse Brasil profundo, que não se vê nas manchetes e nem sempre chega às telas, mas que existe firme, bonito e cheio de vida. É um Brasil que me lembra o valor das coisas simples: o café coado na hora, o cheiro da terra molhada depois da chuva, a calmaria que só uma cidade pequena pode oferecer. Mesmo que seja por poucos dias, gosto de viver esse pedaço de Brasil que resiste ao tempo e me ensina, sem pressa, a respirar diferente.

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