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Vitória suada

Riqueza de um homem é saber guardar doces recordações do pai

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Autor/Imagem:
Álvaro Salgado - Foto Francisco Filipino

Nada se conquista sem sacrifício, dizia o meu saudoso pai. Haroldo era o nome dele. Olhando pelo retrovisor do tempo posso recordar das eras passadas em sua companhia.

Bons tempos aqueles, ainda muito jovem, pude contar com os seus cuidados. Cuidados que, às vezes, eram até exagerados, chegando mesmo, à superproteção.

Quando ele morreu, tinha eu 28 anos e ainda não conhecia a esperteza necessária para me safar na VIDA.

Perdi o meu anjo da guarda de carne e osso. Mais osso que carne tão magro ele era pelo vício maldito (qualquer vício é maldito) de fumar.

Fumava como desesperado e por isso morreu tristemente.

Eu lembro bem de seu sofrimento no leito de Morte. Mas lembro bem mais a preocupação dele quanto ao meu futuro: Sérgio, deixo pra você a responsabilidade de cuidar do seu irmão. Essas palavras ficaram marcadas a ferro e fogo no meu espírito e me queima até hoje.

Sou um afortunado, tive um Pai: um Homem de grande valor!

Já adulto e bem encaminhado vejo que o que ficou pra trás vale apenas ser recordado.

Essa é a minha RIQUEZA!

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