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Guerra se alastrando

Rússia bombardeia comboio de armas da Europa para a Ucrânia

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Bartô Granja, Edição - Foto Sputniknws/Reprodução

Os riscos de a guerra da Ucrânia se alastrar para o resto da Europa ganhou novos contornos neste domingo, 13, quando as foças russas bombardearam um comboio de armas pesadas na fronteira com a Polônia, país membro da Otan. Mísseis e bombas de precisão estavam entre os armamentos enviados pelo Ocidente e destruídos pelo exército de Vladimir Putin.

Há relatos de ao menos 39 militares europeus mortos e mais de duas centenas de feridos. O presidente russo havia avisado, no meio da semana, que mandar armas para a Ucrânia seria um precedente perigoso.

A Rússia também alertou os Estados Unidos de que dispararia contra carregamentos de armas para a Ucrânia, aumentando o risco de confronto direto entre Moscou e países da Otan. Esse seria um alerta dos russos contra o governo de Joe Biden, que autorizou US$ 200 milhões para armamento ucraniano, informou a Casa Branca.

Os ataques aéreos russos no início deste domingo (hora local) atingiram o Centro Internacional de Manutenção e Segurança da Paz (IPSC, em inglês) perto da cidade de Lviv, no noroeste da Ucrânia. O local fica há cerca de 25 km da fronteira com a Polônia.

Segundo as autoridades ucranianas, dezenas de pessoas morreram devido ao ataque e outras 257 ficaram feridas, sendo encaminhadas para um hospital próximo. Oito mísseis atingiram o Centro, de acordo com o governo da região. A IPSC é uma enorme base militar que inclui um centro de treinamento para soldados, predominantemente para missões de paz, e realiza exercícios conjuntos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, chamou o ato de “um ataque terrorista à paz e à segurança, próximo à fronteira com a União Europeia”. Reznikov disse que instrutores militares de outros países trabalham no IPSC, ensinando a usar armas de precisão produzidas por britânicos, franceses, alemães e e americanos, mas soube dizer se eles estavam presentes no local na hora do ataque.

As forças aéreas russas também atingiram o aeroporto de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia. Segundo o prefeito da cidade, este foi o terceiro ataque ao local e “sua infraestrutura já está praticamente destruída”. Segundo o Ministério de Defesa do Reino Unido, as tropas russas estão tentando cercar as forças da Ucrânia nas regiões leste e sul do país, enquanto tentam capturar as cidades de Odessa e Mariupol.

Os ataques na Ucrânia se intensificaram no sábado (12), quando explosões foram ouvidas em Kiev e na região em torno da capital, como em Makariv, uma vila ucraniana a 48 km a oeste da cidade. Ali, apartamentos, escolas e instalações médicas foram atingidas, apesar do Ministério da Defesa russo afirmar repetidamente que não está mirando em civis.

A situação é mais dramática em Mariupol, que está sob fogo pesado das forças da Rússia há mais de uma semana, com mais de 1.600 mortos até o momento. Enquanto isso, o país conta com ajuda de comboios humanitários para tentar evacuar sua população. Segundo a vice-ministra Iryna Vereshchuk, neste sábado cerca de 13 mil ucranianos foram retirados do país.

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