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Lauro de Freitas

S.O.S. Rio Joanes, porque do jeito que está não pode ficar

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Autor/Imagem:
Marta Nobre, Enviada Especial

Lauro de Freitas está ali, coladinha em Salvador, sentido litoral norte. É das cidades que mais cresce na Bahia, mas sua fonte de vida está ameaçada. É o Rio Joanes, que corta a cidade. Mauro Cardim, secretário de Planejamento do município, lança um alerta. É preciso resgatar seu leito, desde a bacia, em São Francisco do Conde, sob o risco de o futuro ser negro.

– Precisamos manter o assunto em pauta. Essa é nossa prioridade. O Joanes sofre todos os ataques contra a sua vida, a potabilidade da sua água, cujo registro singular é a própria vida. É preciso entender que um rio é um organismo vivo de um biossistema, adverte o secretário.

Segundo Mauro Cardim, o primeiro passo já foi dado. É o diagnóstico do curso (do rio) ainda vivo. Agora, sugere, é preciso que as demais cidades que vivem sob a influência do Joanes façam sua parte. Para esse esforço ele convoca também ambientalistas, organizações não governamentais, representantes das cadeias produtivas do rio, acadêmicos, especialistas, agentes e entes públicos capazes de contribuir na identificação e solução dos problemas.

A própria Secretaria de Planejamento pesquisou as principais tecnologias utilizadas hoje, disponíveis e capazes de serem proativas na revitalização de um rio ameaçado de morte na sua foz. Dentre as tecnologias disponíveis, destaca Cardim, existem chips capazes de fazer centenas de diagnósticos sobre a qualidade da água de um rio ao longo do seu curso, facilitando na solução dos seus problemas reais, reduzindo custos com a revitalização. “Portanto algo real é possível para o Rio Joanes”, enfatiza.

Segundo o secretário, a defesa do rio “é algo mais amplo e geograficamente responsável além de suprapartidário no seu estudo, debate e solução”. Neste ponto, diz, a decisão por buscar um protagonismo maior e capaz de ampliar o debate para o pragmatismo de soluções que a sociedade moderna exige hoje, vem acontecendo com a participação de diferentes segmentos da sociedade civil organizada.

– O fato é que na gestão pública é possível construir ações inteligentes, com parcerias éticas e comprometidas com causas nobres, com o debate metropolitano, como a destinação dos nossos rios e com a água potável, cada vez mais escassa no planeta. Vivemos tempos de mudança e só com uma visão ampla e transversal no trabalho alcançaremos os resultados que perseguimos. Mesmo porque, inovar, com responsabilidade, é preciso, sentencia.

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