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Presente de grego

Sábado, 13, Rita Serrano vai soltar bomba no colo de Lula

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Autor/Imagem:
Dora Andrade - Foto de Arquivo

A mãezona Rita Serrano está antecipando a Lula, neste sábado, 13, um presente que ela não gostaria de receber no domingo, Dia das Mães: o tropeço, dela mesma, como gestora da Caixa Econômica Federal nos três primeiros meses do ano. Não é ainda um quadro vermelho – coisa que desagradaria em muito ao petista -, mas de cores negras. Para se ter uma ideia, o lucro líquido recorrente da CEF, no trimestre, foi de 1,9 bilhão de reais, representando uma queda de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O balanço é trágico, não fosse cômico, comentam analistas do mercado financeiro. As despesas com Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) atingiram R$ 5,0 bilhões, ou seja, um aumento de 56,4% em relação aos três primeiros meses de 2022. Já as receitas com produtos de seguridade totalizaram R$ 606,9 milhões, um acréscimo de 49,1% se comparado a janeiro/março do ano passado, é resultado principalmente do novo modelo de corretora e novas joint-ventures do que efetivamente esforço de vendas.

Apesar do aumento, a governança da empresa continua ameaçada com diretores da gestão Pedro Guimarães, onde o atual presidente do Conselho de Administração, Marco Barros, acumula também a presidência da Caixa Residencial, uma das principais das subsidiárias da holding, responsável pelo seguro habitacional. Supostamente, avalia-se, isso não condiz com as boas práticas de Governança Corporativa.

Uma lupa sobre o balanço, comparando-se os números ao trimestre de 2022, indica que as receitas provenientes da administração de fundos de investimento totalizaram R$ 593,8 milhões, contra R$ 617,0 milhões, ou seja, uma redução de 3,8% em 12 meses. Tem bolsonarista lá dentro, e é justamente a gente nomeada por Pedro Guimarães, que se atribuem esses números ruins. Quer saber mais? Lá vai: as receitas com conta corrente, que incluem as rendas com tarifas bancárias, totalizaram agora R$ 948,4 milhões, mostrando uma redução de 6,3% ante 2022.

A análise de economistas aponta ainda que as receitas de serviços decorrentes de operações de crédito totalizaram R$ 575,5 milhões, ou seja, redução de 0,6% em 12 meses. Por outro lado, as despesas administrativas totalizaram R$ 9,9 bilhões, o que se traduz num aumento de 14,6% se comparado ao período janeiro/março de 2023. Quanto ao índice de cobertura das despesas de pessoal, que mede a relação entre as receitas de prestação de serviços e as despesas de pessoal, houve o registro de 95,0% ao final do último trimestre, representando uma redução de 6,3% em 12 meses.

O índice de liquidez de curto prazo (LCR) relaciona os ativos livres de alta liquidez e as saídas (líquidas) no horizonte de 30 dias. No último trimestre, a Caixa totalizou um LCR de 191,3%. O indicador apresentou redução de 40,1 pontos percentuais em relação ao trimestre do ano passado.

Outras despesas administrativas totalizaram R$ 3,1 bilhões. É um aumento de 19,8% em relação ao mesmo período de 2023. Isso, enfatizam os analistas, é consequência, principalmente, do aumento de 53,3% em processamento de dados, 17,5% em aluguéis e arrendamento de bens, 48,8% em manutenção e conservação de bens, 49,7% em serviços de terceiros e 15,5% em vigilância e segurança.

A Caixa, pelo que se vê, precisa de uma balançada para apresentar, no balanço do semestre, dados menos pretos e que agradem a quem gosta da cor vermelha, e não aquele verde-amarelo encardido da época de Bolsonaro. Por ora, de azul, a CEF só mantém mesmo a fachada.

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