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Saindo do papel

Saneamento avança e leva dignidade ao povo nordestino

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Autor/Imagem:
Júlia Severo - Foto Divisão de Artes/IA

O Nordeste brasileiro vive em 2025 um momento de virada na luta contra a falta de saneamento e o acesso precário à água potável. Depois de décadas de abandono, a região recebe uma série de obras e investimentos que prometem melhorar a vida de milhões de pessoas, especialmente no semiárido.

A escassez de água sempre foi um desafio para o Nordeste. A estiagem prolongada, somada ao baixo índice de coleta de esgoto, reflete em problemas de saúde pública e limita o desenvolvimento. Em muitos municípios, as famílias ainda dependem de caminhões-pipa ou de poços com água de baixa qualidade, realidade que se arrasta há gerações.

Para enfrentar esse quadro, governos estaduais, União e setor privado estão unindo esforços. Diversos estados já iniciaram projetos de saneamento que envolvem ampliação da rede de esgoto e distribuição de água tratada. Além das obras urbanas, comunidades rurais também começam a ser contempladas com sistemas simplificados de abastecimento e dessalinizadores, capazes de transformar a água salobra em potável.

Outro destaque é a ampliação das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que segue levando água a cidades que antes sofriam com torneiras secas durante boa parte do ano. Em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, o velho “Velho Chico” passa a ser não apenas um rio, mas um símbolo de esperança e sobrevivência.

As mudanças já começam a ser sentidas no dia a dia. Famílias que antes caminhavam quilômetros em busca de água agora conseguem abastecer suas casas com regularidade. Escolas recebem estrutura adequada, reduzindo os riscos de doenças e melhorando a qualidade de vida das crianças. Pequenos empreendedores também se beneficiam, já que o acesso estável à água abre espaço para novas atividades econômicas.

Apesar dos avanços, os desafios ainda são enormes. Muitas obras estão em fase inicial, e a execução precisa de fiscalização rigorosa para garantir que não fiquem apenas no papel. Além disso, os efeitos das mudanças climáticas tornam o futuro ainda mais incerto, exigindo políticas públicas de longo prazo e maior participação da sociedade civil.

Se as promessas forem cumpridas, 2025 poderá marcar o início de uma nova era para o Nordeste. Água limpa nas torneiras, esgoto tratado e dignidade no dia a dia deixam de ser apenas sonhos para se tornarem conquistas concretas. No sertão, onde a resistência sempre foi maior que a seca, cresce também a esperança de que as próximas gerações convivam menos com a escassez e mais com a prosperidade.

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