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São Paulo quer fazer caixa vendendo as ruas sem saída

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São Paulo planeja vender suas ruas sem saída. Em estudo pelo Ministério Público Estadual, Prefeitura e Câmara Municipal, a iniciativa serviria para pôr fim ao impasse relacionado às vilas fechadas com cancelas ou portões. São cerca de 500 oficializadas com base em uma lei considerada inconstitucional. No início do mês, 289 delas já foram notificadas pela Prefeitura a liberar a passagem de carros e pedestres.

A solução transformaria espaços públicos em privados e, por tanto, permitiria que os moradores “selecionassem” quem pode ou não entrar. Com o pagamento, o território funcionaria como uma espécie de área comum para os proprietários de imóveis da rua, como ocorre em um condomínio de prédios. A proposta, defendida pela Promotoria de Habitação e Urbanismo, será debatida durante a revisão do zoneamento da cidade, ainda neste ano.

Na semana passada, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo deve mesmo tratar desse assunto, mas não adiantou se a proposta será incorporada ao texto que o Executivo enviará à Câmara ou se caberá aos vereadores propor e definir as novas regras. A segunda opção é a que deve vingar, segundo o secretário municipal de Finanças, Marcos Cruz.

Essa solução faz parte dos planos da Prefeitura de aumentar suas vendas de ativos. Em plena crise financeira, a privatização das vilas teria função dupla: elevar a receita e resolver o imbróglio jurídico que envolve o fechamento de ruas na cidade.

De acordo com o promotor de Justiça José Carlos de Freitas, a alternativa é interessante para as ruas que realmente são sem saída e têm baixa movimentação. “Atualmente, há um vácuo legislativo em torno disso, já que a lei que foi considerada inconstitucional fala em ruas com características sem saída. Com isso, abre brecha para ruas em formato de ferradura, por exemplo, com dois acessos, serem fechadas por seus moradores”, afirma.

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