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Saúde afunda no caos. Graças a Agnelo, o pífio governador-secretário

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Durante a campanha que o conduziu ao Palácio do Buriti, Agnelo Queiroz propalou que seria ao mesmo tempo governador e secretário de Saúde, ‘para acabar com o caos instalado nos hospitais públicos’ da capital da República. Passados quatro anos, o quadro piorou. E o eleitor, arrependido, reconhece que errou ao eleger o governador-secretário que não faz uma coisa nem outra.

Em consequência do fracasso do governo em uma área das mais prioritárias para a sociedade, os hospitais pedem socorro. E aos pacientes, sem ter médicos, medicamentos ou atendimento de qualidade, só resta rogar a Deus por milagres.

Um exemplo do caos reinante foi mostrado neste fim de semana pelo G1, indicando que pacientes reclamam da espera para realizar cirurgias no Hospital de Sobradinho. Os médicos dizem que  as cirurgias estão sendo canceladas por falta de material.

Não bastasse isso, a máquina que faz a esterilização dos equipamentos quebrou no fim de abril e até agora o problema não foi resolvido. Os materiais devem ser levados para esterilização no hospital de Santa Maria, o que atrasa mais as cirurgias.

Os residentes do hospital estão sem trabalhar há uma semana em protesto. “É bastante triste e lamentável para população e para os pacientes que a gente vê à mingua nas enfermarias sem o material simples que pode resolver o problema deles”, afirma o médico residente José Messias.

“Com essa autoclave quebrada, a gente não tem nem material pra fazer sutura. O parto normal, por exemplo, estava sendo feito sem material esteril, né?! Cesariana, estava sendo feita com material de parto normal”, disse Rafael Leonardo Jesus Silva, médico residente do hospital.

A Secretaria de Saúde chamou os residentes para uma reunião. A secretaria diz que reabasteceu o estoque de material e que a máquina de esterilização dos equipamentos deve ser instalada em 15 dias.

O coordenador geral de saúde de Sobradinho, Paulo Lisbão, diz que a maioria dos problemas do hospital foi resolvida. “Nesse momento a gente tá com praticamente tudo resolvido, e a gente espera que em médio prazo a gente resolva todas as questões”, disse.

Vergélia Oliveira de 80 anos diz que está no hospital há 40 dias e que já teve sua cirurgia remarcada por três vezes. “A gente já não sabe mais o que fazer. Eles disseram que não podemos tirar a minha mãe do hospital”, afirmou Cindy Oliveira, filha da paciente.

Maria das Vitórias dos Santos, disse que o tio dela está no hospital sem nenhuma informação se a cirurgia vai ocorrer ou não. “Hoje mesmo ele tá sem comer até agora, não recebeu informação nenhuma se vai ter ou não a cirurgia e tá aguardando sem comer”, afirmou Maria.

A paciente Rosélia de Medeiros está com o braço quebrado e sentindo muitas dores. “Trinta dias e nada. Estou com o braço todo quebrado e com uma dor na coluna que não aguento mais porque pesa e não tem como, marcam e desmarcam”, disse a senhora de 69 anos.

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