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Se adoecer, prepare o coração, pois pode não ter médico para atender

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Os médicos que trabalham na rede pública de saúde do Distrito Federal ainda não receberam o décimo terceiro salário e o pagamento de horas extras de trabalho está atrasado desde outubro, o que pode ocasionar uma redução no número de atendimentos nos plantões das unidades, informou o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédicos-DF).

Segundo o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, a redução nos atendimentos pode acontecer por decisão dos próprios médicos, autorizados a não trabalhar em regime de hora-extra: “Diante do fato de eles não terem recebido pelo trabalho que fizeram, nós os orientamos que poderiam escolher trabalhar ou não em regime complementar”. Gutemberg disse que, na quarta-feira (17), o sindicato entregou um ofício à secretária de Saúde, Marília Coelho, informando sobre a decisão dos médicos caso não recebessem os atrasados até o último sábado (20).

“Avaliamos que o acordo feito com a Secretaria de Saúde, de que iríamos receber no início do mês, primeiramente, e depois no dia 20, não foi honrado. Portanto, entendemos que não dá para exigir que um profissional trabalhe sem que receba por seus serviços”, disse o presidente do SindMédicos-DF.

O sindicato informou ainda que há uma deficiência de mais de 3.500 médicos na rede pública. Segundo o a entidade, essa é a principal causa para que tantos médicos trabalhem em plantões. “Se eles [médicos] não fizessem isso, a população ficaria sem ter como ser atendida adequadamente, informou a diretora de Comunicação do SindMédicos-DF”, Adriana Graziano.

A remuneração referente a atividades exercidas em regime de hora extra pelos médicos da rede pública do Distrito Federal é paga a cada dois meses aos profissionais de saúde.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que os servidores devem receber o décimo terceiro salário e as horas extras até a meia-noite de hoje (23). A secretaria diz também que investiu na reestruturação do quadro de pessoal e contratou mais de 15 mil profissionais de todas as categorias, entre temporários e efetivos, durante os quatro anos de gestão. Além disso, lembra a nota, um concurso público foi realizado em setembro deste ano, com a abertura de 6.634 vagas para todas as categorias.

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