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Sem bons profissionais de turismo, Brasília dará vexame na Copa

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Profissionais mal preparados na área de turismo ainda dominam o mercado do Distrito Federal. Às vésperas de grandes eventos esportivos – como a Copa do Mundo -, a capital do País sofre com a mão de obra “desqualificada”. Além do fator humano, as regiões turísticas do DF estão sujeitas a insegurança pública, um motivo a mais para se preocupar na recepção dos turistas.

Por ano, o Brasil recebe cinco milhões de turistas – com exceção do ano passado, quando seis milhões de pessoas passearam por terras brasileiras. Agregam-se a esse montante, as pessoas que circularão pelo Brasil durante os grandes eventos, principalmente a Copa do Mundo. Em 2014, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) acredita que a demanda de voos domésticos aumente 7,5%, em relação ao ano passado.

Por esses motivos elencados, o especialista em Hotelaria e Turismo da faculdade Upis, professor Raul Torres, defende imediatamente o aumento de profissionais. Mais do que isso: precisam de capacitação. “Graças à proliferação de cursos, na virada do século, não só no DF, houve um aumento (de profissionais) no sentido quantitativo. Mas não no sentido qualitativo, já que vários cursos deixavam a desejar. A formação de muitos não foi a mais adequada”.

Parafraseando um ex-presidente da Embratur, o professor da Upis ressalta outro problema crítico no DF. “(Ele) costumava dizer que lugar bom para o turista é aquele que é bom para o seu próprio cidadão. Ou seja, se há segurança e transporte público de qualidade para os locais, beneficiam-se, indiretamente, os turistas”, diz. E conclui: “não estamos preparados”.

Em decorrência da “semiqualificação” dos profissionais de turismo, a categoria sofre uma perda salarial. Para se ter ideia, a média na área é de R$ 1.051. “O emprego desses trabalhadores [semiqualificados], que evidentemente não recebem grandes salários, acaba empurrando a média do setor”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Turismo, os profissionais que não estiverem cadastrados no Ministério do Turismo (MTur) atuarão de forma irregular. Atualmente no DF, segundo a Setur, 1.193 profissionais estão liberados para trabalhar na área, como guia e em organização de eventos, por exemplo. Há outros cinco setores que para trabalhar é preciso o registro no MTur.

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