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Embaixada em Washington

Senadores avisam que insistir com Eduardo é burrice

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu

Mais vozes começam a se levantar, dentro e fora do Congresso Nacional, contra uma eventual nomeação do deputado Flávio Bolsonaro (PSL-SP) para chefiar a representação diplomática brasileira nos Estados Unidos.

A situação chegou a tal ponto que o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) começou a colher assinaturas para uma Proposta de Emenda à Constituição que barre cargos de embaixador a quem não faça parte do corpo diplomático.

“Precisa ter mérito. Sobrenome não é tudo numa hora dessas”, afirmou o ex-candidato ao Palácio do Planalto. Na avaliação de Dias, cargo de embaixador só deve ser confiado a quem tem meritocracia no currículo.

Quem também alfinetou o presidente da República sobre esse assunto foi a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ela advertiu que, caso Bolsonaro insista em indicar o filho, poderá sofrer uma derrota no Senado. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Simone avisou que os riscos devem ser bem calculados pelo Palácio do Planalto.

“A rejeição do nome (do deputado Eduardo Bolsonaro) poderia expor uma fragilidade do governo em votações”, pontuou Simone Tebet. Segundo a senadora, uma derrota não está descartada. “A votação é secreta. Não tem precedentes no mundo, em países democráticos”, disse. “Talvez tenha sido o maior erro do presidente até agora. Até porque envolve o próprio filho.”

Fora do Congresso, Ciro Gomes, ex-presidencial e ex-ministro de Lula, não poupou críticas. Em mais um de seus arroubos verbais, o representante do PDT desqualificou o deputado Eduardo Bolsonaro, a quem chamou de “imbecil com português muito ruim”. Segundo Ciro, o filho do presidente não está à altura para ocupar o cargo, “o lugar mais complexo, delicado e difícil da diplomacia de qualquer lugar do mundo: a representação junto aos EUA. Experiência anterior: policial”, disse Ciro.

Mas há quem defenda a indicação. É o caso do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira. Segundo o ex-major da Polícia Militar, o principal ‘credenciamento’ do deputado Eduardo Bolsonaro é ser filho do presidente. “Eduardo é extremamente inteligente, extremamente perspicaz. Além disso terá uma assessoria de alto nível, porque ninguém é obrigado a ter conhecimento pleno de tudo”.

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