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Quando o tempo dormir

Seremos constelações que se acendem no mesmo instante, cintilando memórias que ainda não foram vividas

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Nos reencontraremos quando o tempo descansar,
quando o silêncio for mais eloquente que mil versos,
e o universo, em sua dança secreta,
trouxer nossos destinos ao mesmo compasso.

Seremos constelações que se acendem no mesmo instante,
cintilando memórias que ainda não foram vividas,
nossos corações pulsando como dois cometas
que se atraem pela gravidade da eternidade.

Nesta dimensão onde o agora é breve demais,
os relógios dissolvem-se em névoa,
e cada batida do peito é um século de saudade.

Em outro espaço, onde o céu não tem teto,
nossas essências se reconhecerão sem esforço,
como notas que pertencem à mesma canção,
como brisas que dançam em perfeita harmonia.

Não haverá partidas,
apenas permanência em forma de presença pura,
tocando o intangível com mãos que nunca esquecem.

E mesmo que hoje sejamos apenas sombras em caminhos distintos,
sei que te encontrarei na penumbra do infinito,
onde os ecos do nosso amor ecoam eternamente
em jardins que não fenecem.

Nos encontraremos, não por acaso,
mas porque fomos moldados um para o outro
nas oficinas secretas do cosmos.

E dessa vez, o mundo não nos separará.
Porque quando o tempo dormir,
nós acordaremos juntos aqui e na eternidade.

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