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Sérgio, tucano que voou para o PMDB, se afoga no Petrolão

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O troca-troca de partidos é comum no Brasil. Gente da oposição vira situação e vice-versa. Em muitos casos, para auferir vantagens diretas e indiretas. Este é supostamente o caso do ex-senador Sérgio Machado, que um dia deixou o PSDB e voou para os lados do PMDB. Como prêmio, ficou com o comando da Transpetro.

Pois bem. Hoje já se sabe que Fernando Soares, o homem apontado como operador do PMDB no esquema de propinas na Petrobras, teria ligação com a Transpetro, subsidiária que atua no setor de navios, segundo indicam anotações da agenda do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato.

No caderno apreendido pelos agentes federais em março, as anotações em sequência “FB” e “Navios” foram interpretadas como Fernando Baiano (apelido de Soares) e a subsidiária da estatal.

O registro indica ainda a data da reunião, como seria o encontro, assunto e valores de propina na Petrobras tratados entre Costa e o suposto operador do PMDB. Fernando Baiano teve a prisão decretada, mas está foragido.

A PF suspeita que essa nova  frente de investigação possa atingir o presidente licenciado da Transpetro Sérgio Machado, que chegou ao cargo em 2004 por indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).  O delator afirmou ter recebido R$ 500 mil das mãos de Machado em 2012, em um pagamento referente a uma propina para a locação de navios, cuja negociação foi intermediada pela diretoria da estatal sob o comando de Costa.

Ainda nas anotações de Costa, aparece a sigla “QG”, que a Polícia Federal acredita se tratar da empreiteira Queiroz Galvão. Há ainda a anotação “Engevix (Gerson)”. Trata-se de Gerson Almada, outro dos 23 detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Sergio Machado não gostou de insinuações associando seu nome ao Petrolão. E garante “ser mentirosa e absurda a acusação feita por Paulo Roberto Costa”. O criminalista Mário de Oliveira Filho, que defende Baiano, defende o suposto lobista. “O sr. Fernando não é lobista, nem operador do PMDB, mas representante no Brasil de duas empresas espanholas” , garante.

Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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