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Vestígios do homem

Serra da Capivara terá investimento em turismo

Publicado

Autor/Imagem:
Maurício de Almeida

No meio de pedreiras gigantes no sertão do Piauí fica o Parque Nacional da Serra da Capivara. Nesta região quente e seca, foram encontrados os vestígios mais antigos da presença humana no continente americano, algo em torno de 48 mil anos atrás.

O fato de serem os primeiros sinais humanos nas Américas já seria um motivo de grande interesse, mas além disso o parque reúne a maior quantidade de sítios arqueológicos do continente. São cerca de 1,3 mil sítios que foram pesquisados por arqueólogos do Brasil e do exterior. Devido à importância da descoberta, o local é considerado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

As cerca de 35 mil pinturas rupestres gravadas nos paredões da Serra da Capivara são os principais atrativos do parque, que é um dos poucos no mundo onde cadeirantes possuem acessibilidade e podem visitar de perto as escavações feitas pelos arqueólogos.

Quem visita o local também se impressiona com as esculturas feitas pela natureza no paredão que envolve o parque. A mais famosa é a Pedra Furada, que pode ser considerada um cartão-postal da Serra da Capivara.

A região onde fica o parque vai ser uma das beneficiadas pelo programa Investe Turismo Nordeste, do governo federal, que vai destinar R$ 200 milhões para 56 municípios da região. O dinheiro que vai ser aplicado na melhoria de serviços, no planejamento estratégico e na divulgação.

A Secretaria de Turismo de São Raimundo Nonato diz que esses recursos são fundamentais para região porque com mais visitantes chegando no município diversas famílias que vivem do turismo vão ser beneficiadas. “São pessoas da região, que cresceram ao redor do parque e que trabalham em setores ligados ao turismo. Além de São Raimundo Nonato, outros municípios também vão ser beneficiados.”

Eduardo Coelho, que trabalha como guia no parque, é um exemplo de quem mora na região e depende do turismo para sobreviver. “O parque além de ser um patrimônio da humanidade gera renda para toda uma comunidade.”

Os 34 artesãos que trabalham numa oficina que fica na região do parque também estão otimistas com o aumento do número de visitantes. Atualmente eles sustentam as famílias com o material que é produzido no local. São pratos, vasos, copos entre outros itens de argila que ganham desenhos rupestres. Antonio Marcos, que é o gerente de produção, acredita que com mais turistas vai ser possível ampliar a produção e empregar mais funcionários no local.

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