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Sonho megalomaníaco

Shoppings sentem crise e ‘aliviam’ para manter e atrair lojistas

Publicado

Autor/Imagem:
Márcia de Chiara

O enorme espaço vazio nos shoppings e a dificuldade de encontrar e reter lojistas tornaram as negociações com os administradores mais flexíveis. “Se no começo da crise os shoppings eram rígidos e perderam muitos inquilinos, hoje perceberam que essa rigidez foi ruim para os dois lados”, observa Luís Augusto Ildefonso, diretor de Relações Institucionais da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop).

Nos shoppings novos, o executivo explica que, além do desconto, existe a possibilidade de a loja começar a funcionar sem pagar aluguel por um período curto. Já nos consolidados, as negociações são mais tranquilas para as lojas que o shopping tem interesse que fiquem.

Outra saída para atenuar os prejuízos provocados pela vacância elevada tem sido adiar a construção dos novos empreendimentos. Em março de 2015, por exemplo, o Carrefour anunciou a construção do Cosmopolitano Shopping. A previsão inicial era inaugurar o shopping de 44 mil m² em 2017. O empreendimento, no entanto, está parado.

O Carrefour informou que o Cosmopolitano Shopping teve a sua primeira etapa concluída com a inauguração do hipermercado. “Agora os empreendedores avaliam o momento adequado do mercado para retomar a próxima fase do projeto”, diz a empresa. A próxima fase do projeto é a construção do shopping.

Além do Cosmopolitano, outros shoppings foram adiados em razão da conjuntura desfavorável. No ano passado, a previsão inicial do setor era abrir 23 shoppings no País. No entanto, acabaram sendo inaugurados apenas 12. Foi o menor número de shoppings abertos em um ano desde 2012, aponta o levantamento da Alshop. “Para 2018, a projeção é de 25 inaugurações. Destas, 11 são remanescentes de 2017. E, de anos anteriores, deve ter alguns que estão se arrastando”, observa Ildefonso.

A Associação Brasileira da Shopping Centers (Abrasce) prevê que 23 shoppings serão abertos em 2018. Nesse número há projetos de 2016 e de 2017, diz o presidente da Abrasce, Glauco Humai. “Não é o único fator, mas o momento econômico ruim atrasa a inauguração.”

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