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Expulso do Paraguai

Silvinei, mais um golpista fujão, parou no xilindró

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@donairene13 - Foto de Arquivo

Após as eleições de 2022, viralizou um vídeo que nunca me saiu da cabeça. Nele, eleitores do Maranhão caminhavam longos 25 quilômetros para exercer um direito básico, andavam sob o sol e diziam “aqui são os eleitores do Lula, andando 25km pra ir votar”.

Aquilo não aconteceu por acaso. Hoje sabemos que, naquele momento decisivo, o então diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, utilizou o aparato do Estado para tentar impedir que eleitores de várias localidades do Nordeste chegassem às urnas. Barreiras seletivas, abordagens injustificadas, intimidação. Não foi falha operacional; foi método. Foi abuso de poder. Foi tentativa deliberada de interferir no resultado das eleições.

Ontem, a notícia que circulou foi outra e carregada de simbolismo. Silvinei foi preso ao tentar fugir para El Salvador usando passaporte falso, em um aeroporto do Paraguai. Quem tentou driblar a democracia tentou também driblar a Justiça. Não há coincidência nisso. Há cerca de 10 dias, Silvinei foi condenado há 24 anos e seis meses de prisão, justamente por usar a máquina pública em favor de Jair Bolsonaro, que hoje também está preso.

A prisão não é vingança, é consequência. Um criminoso que atentou contra o processo democrático foi finalmente alcançado pela lei. Tentar impedir eleições livres é um crime gravíssimo, porque atinge o coração da República. Não se trata de esquerda ou direita, de Lula ou Bolsonaro; trata-se do direito de cada cidadão votar sem medo, sem obstáculos, sem coerção.

Quando vejo o vídeo daqueles eleitores caminhando quilômetros sob o sol, penso que a democracia brasileira resistiu porque o povo resistiu. E, quando vejo quem tentou sabotá-la sendo responsabilizado, penso que, a democracia está de pé porque cada um fez o seu papel: a polícia investigou, o judiciário puniu e os eleitores, como aqueles do Maranhão, não desistiram.

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