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O avanço

‘Situação da Covid ainda preocupa e vai piorar’

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Autor/Imagem:
Vinicius Lemos/BBC Brasil

Praias lotadas. Baladas. Festas em família. Reuniões entre amigos. Transporte público cheio. Estes são alguns dos fatores listados por especialistas para justificar o recente avanço do novo coronavírus no Rio de Janeiro.

O Estado vive um dos seus piores períodos desde o início da pandemia de covid-19. Hospitais estão sobrecarregados e centenas de pacientes infectados pelo coronavírus aguardam leitos. Para especialistas, a expectativa é de que a situação piore ainda mais nas próximas semanas.

“O Rio de Janeiro nunca teve controle completo da transmissão do vírus. O Estado foi flexibilizando as medidas de isolamento social quando os casos ainda estavam em alta. As pessoas voltaram a se reunir, fazer encontros, os bares voltaram a ficar lotados e houve muitos eventos com aglomeração”, diz o infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Até a manhã da sexta-feira (11), o Rio de Janeiro registrou 381.644 casos e 23.546 mortes pela covid-19, conforme o Ministério da Saúde. É o segundo Estado com mais registros de óbitos pelo coronavírus, atrás apenas de São Paulo (43,4 mil).

De acordo com a plataforma MonitoraCovid-19, ferramenta da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Rio de Janeiro é o Estado com a maior taxa de óbitos pela doença no país, são 135,5 mortes a cada 100 mil habitantes — em São Paulo, por exemplo, são 94,3.

Os registros de covid-19 passaram a ter grande avanço recente no Rio de Janeiro por volta de 20 de novembro, segundo a MonitoraCovid-19.

Enquanto os casos aumentam, o isolamento social está menor no Estado. Em razão disso, especialistas afirmam que é inevitável que a situação piore cada vez mais nas próximas semanas.

Na quinta-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou novas medidas restritivas, diante do avanço de casos. Para especialistas, essas ações foram tomadas tardiamente e não abrangem todas as questões necessárias para ajudar a conter a propagação do vírus.

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