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Chegando perto

Sol, a próxima parada na nova aventura espacial do homem

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Bartô Granja, Edição

A nave espacial lançada pela agência espacial americana (Nasa) na madrugada deste domingo (12) para “tocar” o Sol está “saudável e operando normalmente”, segundo comunicado da agência. O lançamento da missão Parker Solar Probe foi realizado às 4h31 pelo horário de Brasília, a partir da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.

O gerente do projeto da missão, Andy Driesman, comemorou o êxito do lançamento, segundo comunicado divulgado pela Nasa.

“O lançamento de hoje foi o culminar de seis décadas de estudo científico e milhões de horas de esforços. Agora, a Parker Solar Probe está operando normalmente e a caminho de iniciar uma missão de sete anos de ciência extrema”, disse.
A nave espacial deverá se aproximar da enorme estrela cheia de hidrogênio e hélio e enfrentará temperaturas altíssimas, assim como níveis de radiação. Os cientistas vão chegar mais perto do que nunca, na atmosfera externa do Sol.

O objetivo é aprender mais sobre os ventos solares e entender os motivos de a atmosfera externa do Sol ser mais quente que a superfície. O que será colhido de informação pelo caminho também será importante.

A operação chegou a ser adiada três vezes. O último cancelamento ocorreu neste sábado (11), por conta de problemas técnicos.

A Parker Solar Probe (PSP) é uma nave única: foi projetada para suportar condições brutais de calor e radiação, com uma blindagem que é resultado de anos de pesquisas.

O nome da missão – Parker Solar Probe – é uma homenagem a Eugene Newman Parker, astrofísico de Michigan. Foi ele quem descobriu uma solução matemática para comprovar os ventos solares. Parker recebeu a honra de ter uma missão com seu nome ainda vivo, uma raridade na história da Nasa.

Os ventos solares são um fluxo de partículas que sai constantemente do Sol. A Terra, com suas particularidades e seu campo magnético, é em maior parte protegida dos ventos solares. Mas as auroras boreais, por exemplo, acontecem quando partículas cheias de energia dos ventos solares conseguem escapar e entrar pelos polos do nosso planeta.

A missão da Nasa busca entender a influência dessas partículas sobre o sistema como um todo.

“Esta missão é um tremendo desafio de engenharia e ciência. As informações que resultarem do experimento vão revolucionar nosso entendimento do Sol”, afirmou Juan Felipe Ruiz, engenheiro mecânico da sonda Parker.

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