Paródia
Soneto de Vilões
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Set’ anos de Pastor Bocó servia
Então, em Babel, na igreja dela.
Não servia ao Pai e sim por ela:
Cadeira que por prêmio pretendia.
Dias, na espera de um só dia,
passava, na cobiça em querê-la;
Mas o Chefe, dono da Esparrela,
Com o metanol lhe pôs numa fria.
Vendo o triste Pastor que com enganos
lhe fora negada sua Pretora,
como se não fosse bem merecida;
Começa a servir mais sete anos,
dizendo: – Mais servira, se não fora
pra tão longo labor tão curta vida.
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Edna Domenica – desenvolve pesquisa sobre Psicodrama e suas aplicações em oficinas de escrita criativa, parcialmente publicadas em Aquecendo a produção na sala de aula (Nativa, 2001), De que são feitas as histórias (Postmix, 2014), Relógio de Memórias (Postmix, 2017). Dedica-se a escritas conjuntas, algumas publicadas no Café Literário Notibras. É autora de A volta do Contador de Histórias (Nova Letra, 2011); Cora, coração (Nova Letra, 2011); No Ano do dragão (Postmix, 2012), As Marias de San Gennaro (Insular, 2019), O Setênio (Tão Livros, 2024).
Sobre ser escritora declara: “escrever é uma empreitada existencial desafiadora, uma tarefa árdua, um afeto prazeroso, um ato de cidadania”.